Evandro Leitão (PT) vence o bolsonarismo e se elege prefeito de Fortaleza

Atual Presidente da Assembleia Legislativa do Ceará desbanca o deputado federal André Fernandes (PL), que havia vencido o primeiro turno

Lula e Leitão. Foto: Facebook Evandro Leitão

A campanha bolsonarista foi derrotada em Fortaleza, capital do Ceará. Evandro Leitão (PT) venceu a disputa para a Prefeitura contra André Fernandes (PL), neste domingo (27).

A derrota também é do ‘cirismo’, uma vez que Ciro Gomes deu apoio velado ao candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro neste 2º turno e fez campanha contrária à coligação “Juntos, Fortaleza pode muito mais”, que reúne a Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV), PP, PSB, PSD, REPUBLICANOS e MDB.

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Se no 1º turno Fernandes ficou na frente com 40,20% dos votos contra 34,33% de Leitão, neste segundo turno a virada se concretizou.

Com 100% das urnas apuradas pelo Tribunal Superior Eleitoral, o Presidente da Assembleia Legislativa do Ceará foi alçado a prefeito com 50,38% (716.133 votos) contra 49,62% (705.295 votos) do deputado federal.

Lula X Bolsonaro

A capital cearense foi um dos principais palcos de enfrentamento entre um candidato apoiado pelo presidente Lula e outro apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Com os números finais é possível observar o quanto a disputa foi acirrada e o cenário de polarização deu o tom da disputa, que terminou com uma diferença de quase onze mil votos – menos de um um ponto percentual.

Na disputa, enquanto Leitão teve uma sólida campanha que agregou diversos partidos e lideranças para a sua base, Fernandes buscou apoio em figuras bolsonaristas como a do também deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).

Além disso, o candidato do PL se envolveu em polêmica na reta final de campanha quando um vídeo em que diz “dane-se” para casos de feminicídio voltou a circular e causou descredito sobre os seus posicionamentos.

Neste verdadeiro caldeirão eleitoral, os eleitores de Fortaleza optaram pelo alinhamento da capital com os governos estadual e federal, comandados por Elmano de Freitas (PT) e Lula (PT), deixando pelo caminho, já no primeiro turno, o candidato à reeleição José Sarto (PDT) – a primeira opção de Ciro – e agora o bolsonarismo representado por Fernandes.