Lula lança programas para tirar Brasil novamente do Mapa da Fome

O presidente lembrou que a FAO anunciou, em 2014, que o Brasil havia saído do mapa da fome, mas um trabalho construído por anos foi desfeito em pouco meses pelo governo anterior

Seapa / Divulgação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta quarta-feira (16), no Dia Mundial da Alimentação, o Plano Nacional de Abastecimento Alimentar “Alimento no Prato” (Planaab) e o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo).

Lula lembrou que Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) anunciou, em 2014, que o Brasil havia saído do mapa da fome, mas um trabalho construído por anos foi desfeito.

“Foram necessários anos para tirar o país dessa situação, e apenas poucos meses para destruir tudo, no governo anterior. Quando voltamos, em 2023, mais de 33 milhões de pessoas estavam em situação de insegurança alimentar. Já retiramos 24 milhões de pessoas dessa condição em menos de dois anos. E vamos tirar o Brasil do Mapa da Fome novamente”, disse o presidente.

Lula diz que os dois programas vão garantir mais alimentos saudáveis no prato das pessoas. “Esse governo é um governo que faz com que as pessoas participem da construção dele, a muitas mãos. E eu vou estar no pé dos ministros e a sociedade no meu pé cobrando que tudo que anunciamos aconteça”, afirma.

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“Nós sabemos a quantidade de alimento que se perde entre a produção e o consumo. Nós sabemos a quantidade de alimento que sobra nos restaurantes por esse país afora, nas empresas. E, ainda assim, a gente fica estarrecido com o número de 733 milhões de seres humanos que vão dormir toda noite sem ter o que comer. É uma coisa inexplicável”, lamenta.

O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, afirma que, além de garantir alimentos frescos e comida de qualidade para todos os brasileiros, as iniciativas apresentadas no Dia Mundial da Alimentação têm o propósito de acabar com a fome do país.

“E, sim, temos o que comemorar. Encontramos o país com 33 milhões e 100 mil pessoas na insegurança alimentar e tiramos, no ano passado, 24,4 milhões de pessoas (do mapa da fome). No critério da FAO, nós reduzimos para 2,8% (nível de subalimentação) no ano de 2023 e, este ano, queremos atingir abaixo de 2,2%, para que a gente possa alcançar essa meta de retirar o Brasil da fome ainda neste mandato”, disse Dias.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, afirma  que os planos foram construídos a muitas mãos, com contribuições de órgãos públicos, da sociedade civil e da iniciativa privada.

“O Planapo vai ampliar a produção e o processamento de alimentos orgânicos e de base agroecológica, além de fortalecer a comercialização. São 197 iniciativas distribuídas em sete eixos, que têm como compromisso destinar R$ 6 bilhões em linha do Pronaf para produção orgânica e ou agroecológica, além de R$ 115 milhões em fomento, visando a inclusão produtiva”, explica o ministro.

Sobre o Planaab, ele acrescenta que estão previstas 29 iniciativas e 92 ações estratégicas no plano.

Entre suas medidas, está a ampliação de sacolões populares e centrais de abastecimento por todo o país. De início, serão implantadas novas seis centrais de abastecimento na Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe e São Paulo (duas). Ao facilitar o acesso a alimentos saudáveis e frescos, o Alimento no Prato beneficia produtores e consumidores.

“O objetivo é criar um sistema de abastecimento inclusivo e estruturado, que garanta o direito à alimentação e à soberania alimentar, desde a produção até chegar no prato. Por isso, entre as iniciativas também está a produção de alimentos saudáveis em sistemas sustentáveis. Observando, principalmente, os alimentos da cesta básica consumidos pelo povo brasileiro”, afirma Teixeira.

Com informações da Ascom/Planalto

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