Governo Lula abre 200 novos mercados internacionais para produtos do agro
Em 20 meses, governo Lula abre mais mercados para produtos brasileiros da agropecuária que os três primeiros anos do governo Bolsonaro juntos
Publicado 27/09/2024 15:00 | Editado 27/09/2024 15:31
O governo federal anunciou, na quarta-feira (25), que o Brasil abriu mais de 200 novos mercados no exterior a produtos brasileiros da agropecuária. A excepcional marca é tida como inédita e foi comemorada pelo governo Lula, sendo que ocorreu em um curto espaço de tempo: pouco mais de 20 meses.
Este aumento de volume expressivo para o comércio exterior tem como base uma maior presença em todos os continentes. Para isso, cerca de 60 novos destinos foram adicionados em um trabalho feito em parceria pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
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Ao se considerar somente 2024, foram 122 novos mercados. Mês a mês foram: 26 novos mercados em junho (13 países), 16 em julho (9 países), 15 em maio (10 países), 15 em agosto, 10 em março (7 países), 7 em fevereiro (6 países), 9 em janeiro (5 países) e 5 em abril (3 países). Além de 19 novos mercados em 10 destinos em setembro, considerando que o mês ainda não terminou.
Em publicação do governo, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou a qualidade sanitária dos produtos nacionais que permitiu alcançar mais locais para exportação e gerar maiores resultados para a balança comercial brasileira.
Resultado
O excepcional resultado já supera os três primeiros anos da gestão Bolsonaro. De acordo com o governo, foram 35 novos mercados abertos em 2019, 74 em 2020 e 77 em 2021, o que dá 186 novas aberturas em 36 meses. Ou seja, em um tempo muito menor, 20 meses, a agricultura e pecuária sob Lula já conquistaram mais espaço no mundo.
Para completar, é possível que ainda este ano ou no começo do próximo a marca de todo o governo Bolsonaro seja superada, uma vez que no total foram 239 aberturas de mercado e o governo Lula já soma 200, antes mesmo de chegar a metade do atual mandato.
Destaques
Entre os destaques dos produtos exportados para estes novos mercados constam: carnes, soja, pescados, sementes, gelatina e colágeno, ovos, produtos de reciclagem animal, noz-pecã, erva-mate, arroz, açaí em pó, café verde, embriões e sêmen.
Os mais recentes mercados abertos foram de embriões para a Rússia (que marcou o acordo de número 200) e de erva-mate para Angola e Coreia do Sul.
Em entrevista à rede CNN, o ministro em exercício da Agricultura e Pecuária, Roberto Perosa, que substitui Fávaro que está de licença, ressaltou que grande parte da demanda atual é direcionada à Ásia, além de aumentar a cooperação técnica com o continente africano para a produção de alimentos. Ele também salientou a importância de abertura de mercado para carne bovina ao México, antes dominado pelos Estados Unidos. Segundo aponta, esta negociação se arrastava por mais de 20 anos.
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Outros destaques feitos por Perosa foram de exportações de algodão para o Egito, carne bovina para Singapura, óleo de cozinha como matéria-prima para biocombustíveis aos EUA, camarões para Austrália e hemoderivados (subprodutos da agroindústria utilizados como ingredientes em rações, para elevar o valor nutricional da dieta animal) de bovinos e suínos ao Peru.