China responde por 51,5% dos carros elétricos importados pelo Brasil

Entre janeiro de 2017 e agosto de 2023, o Brasil importou 62.340 carros elétricos, com a China dominando as vendas ao país, responsável por 51,5% dessas importações. O volume de veículos chineses atingiu 32.083 unidades, somando US$ 125,81 milhões, o que equivale a 20,3% do total gasto. No mesmo período, o Brasil movimentou US$ 619,15 milhões na compra desses veículos. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a Índia aparece em segundo lugar, com 16.481 carros vendidos ao Brasil.

Em 2023, a participação chinesa no mercado de carros elétricos importados alcançou 47,1%, representando 3.367 veículos adquiridos, no valor de US$ 59,73 milhões. Até o momento, foram vendidos 7.152 veículos totalmente elétricos este ano, gerando um investimento total de US$ 207,85 milhões.

Aumento da participação chinesa

O aumento da presença chinesa no mercado automotivo brasileiro é significativo. Entre janeiro e agosto de 2023, a China representou 13,6% das importações totais de automóveis, somando US$ 440,2 milhões – superando os US$ 186,7 milhões de 2022.

Entretanto, os carros movidos a combustão ainda dominam o mercado, representando 75,1% do total importado. Os veículos híbridos, que utilizam motor elétrico e de combustão, somaram 29.695 unidades, cerca de 20% das importações.

Expectativa de Produção Local

Embora o Brasil ainda não fabrique carros elétricos em grande escala, a perspectiva é promissora. Em julho de 2023, a montadora chinesa BYD anunciou a instalação de três fábricas em Camaçari, Bahia, com um investimento de R$ 3 bilhões e a criação de 5.000 empregos.

A BYD, uma das maiores fabricantes de carros elétricos do mundo, planeja produzir veículos elétricos e híbridos no Brasil, além de chassis de ônibus e caminhões elétricos, consolidando a entrada do país na indústria de veículos sustentáveis.