Do declínio à esperança: a educação em São Paulo e o caminho com Boulos e Cláudio Fonseca
Candidatura de Boulos e Fonseca propõe uma reversão da precarização e privatização da educação pública em São Paulo, defendendo qualidade, inclusão e gestão democrática.
Publicado 16/09/2024 10:15 | Editado 12/09/2024 13:53
A educação pública em São Paulo enfrenta desafios crescentes que ameaçam o futuro de milhões de crianças e adolescentes. A maior rede municipal do país, com mais de 1 milhão de matrículas e cerca de 3.500 escolas, está sendo sucateada por políticas de privatização, precarização do trabalho docente e falta de investimentos adequados. Em meio a esse cenário, a candidatura de Guilherme Boulos para a prefeitura e Cláudio Fonseca para a câmara municipal representa uma chance real de transformação. A educação pública precisa de uma reviravolta urgente, e o compromisso desses dois líderes é restaurar a dignidade e a qualidade do ensino em São Paulo.
O confisco salarial e o Sampaprev 2: o peso injusto sobre os servidores
Um dos maiores golpes contra os servidores públicos, especialmente os da educação, foi a implementação do Sampaprev 2. Essa reforma previdenciária impôs a obrigatoriedade de contribuição para a previdência municipal a todos os servidores que ganham mais de um salário mínimo (R$ 1.100), quando antes apenas aqueles com ganhos superiores a R$ 6.433,00 contribuíam. Além disso, a alíquota de contribuição varia de 14% a 22%, dependendo do salário do servidor, resultando em uma redução significativa nos salários líquidos de muitos profissionais.
O Sampaprev 2 também eleva a idade mínima de aposentadoria para 62 anos para mulheres e 65 para homens, exceto os professores, alinhando-se ao modelo do INSS. Este confisco salarial, combinado com a precarização das condições de trabalho, afeta diretamente a qualidade de vida dos profissionais e, por consequência, a qualidade da educação oferecida aos estudantes.
Guilherme Boulos já se comprometeu a revogar o Sampaprev 2, reconhecendo a injustiça dessa medida e propondo a valorização dos servidores. Cláudio Fonseca, sempre contrário a essa reforma, tem sido uma voz firme em defesa dos direitos dos trabalhadores da educação.
O sucateamento e a privatização dos CEUs: a destruição de um exemplo de educação integral
Os Centros Educacionais Unificados (CEUs) são um dos maiores exemplos de como a educação pública pode integrar ensino, cultura e esporte de forma inovadora e eficaz. Esses equipamentos, espalhados por São Paulo, foram idealizados durante a gestão de Marta Suplicy, que hoje é candidata a vice na chapa de Guilherme Boulos. Os CEUs foram concebidos como espaços de educação integral, onde os estudantes não apenas recebem instrução formal, mas também têm acesso a atividades culturais e esportivas, essenciais para o desenvolvimento integral das crianças e adolescentes.
No entanto, nos últimos anos, os CEUs têm sido sucateados e ameaçados pela privatização da gestão, que retira o caráter público desses espaços. A privatização dos CEUs não apenas precariza os serviços oferecidos, mas também rompe com a ideia de que a educação pública deve ser gerida e mantida pelo poder público. A gestão privatizada prioriza o lucro e a eficiência financeira, muitas vezes em detrimento da qualidade do ensino e da inclusão social.
A defesa de uma escola pública com gestão pública é crucial, especialmente em espaços como os CEUs, que são fundamentais para a formação integral dos estudantes. Manter esses centros sob gestão pública significa garantir que a educação, a cultura, o esporte e o lazer estejam acessíveis a todos, de forma gratuita e de qualidade. A gestão pública permite maior transparência, controle social e, principalmente, a garantia de que esses espaços atendam às necessidades das comunidades.
Boulos e Cláudio Fonseca entendem que privatizar a gestão dos CEUs é um ataque direto ao conceito de educação integral. A proposta deles é fortalecer esses espaços, com investimentos em infraestrutura, contratação de mais profissionais qualificados e ampliação das atividades culturais e esportivas. Eles defendem que a escola pública, com gestão pública, é o caminho para garantir equidade e acesso universal à educação.
Precarização e privatização no ensino
A precarização do trabalho dos profissionais de educação vai além do confisco salarial. Nas salas de aula, professores enfrentam turmas superlotadas, falta de materiais didáticos e infraestrutura deficiente. O cenário se agrava com a crescente privatização do ensino, especialmente na educação infantil e no ensino fundamental, onde creches e escolas começam a ser terceirizadas e entregues para Organizações Sociais (OSs).
Esse modelo de gestão privatista compromete a qualidade do ensino, já que as OSs contratam trabalhadores com vínculos mais frágeis e salários menores que os servidores concursados. Além disso, a privatização atinge diretamente o princípio de uma educação pública e gratuita para todos, transferindo a responsabilidade do Estado para entidades privadas que visam o lucro.
Boulos e Cláudio Fonseca propõem medidas para reverter o processo de terceirização da educação infantil em São Paulo de forma gradual, mantendo e valorizando os profissionais já envolvidos, é essencial um plano de ação que contemple tanto a qualidade do ensino quanto os direitos trabalhistas.
Falta de atenção à educação inclusiva
Outro grave problema que afeta o sistema de ensino municipal de São Paulo é a falta de atenção à educação inclusiva. Estudantes com deficiência enfrentam barreiras para acessar uma educação de qualidade, devido à falta de profissionais especializados, como cuidadores e professores de apoio, e à ausência de materiais pedagógicos adaptados.
Sem esses recursos, muitas crianças com deficiência acabam sendo excluídas ou não recebem a atenção necessária para progredir em sua aprendizagem. A política educacional atual, ao não priorizar a educação inclusiva, perpetua a exclusão social dessas crianças.
Boulos e Cláudio Fonseca se comprometem a investir na educação inclusiva, contratando mais profissionais especializados e garantindo os recursos necessários para que todos os estudantes, independentemente de suas condições, possam aprender e se desenvolver em um ambiente acolhedor e adaptado às suas necessidades.
Democracia e construção do currículo
Um dos pilares de uma educação pública de qualidade é a construção democrática do currículo. No entanto, o que se vê em São Paulo é uma gestão autoritária que impõe mudanças sem ouvir professores, estudantes e a comunidade escolar. Esse distanciamento fragiliza a implementação de políticas educacionais que atendam às reais necessidades das escolas.
Boulos e Cláudio Fonseca defendem a participação ativa de toda a comunidade escolar na construção do currículo, garantindo que as políticas educacionais sejam elaboradas de forma colaborativa, inclusiva e conectada com as realidades locais.
São Paulo precisa de uma educação pública que forme cidadãos plenos, capazes de transformar suas realidades e contribuir para uma sociedade mais justa e democrática. A escola não deve ser um mero espaço de transmissão de conteúdos, mas um lugar de construção coletiva, onde o aprendizado se dá de forma integral, valorizando o pensamento crítico, a cultura, o esporte e o lazer.
A educação que defendemos vai além dos números e das metas de desempenho. Ela se preocupa com o bem-estar das crianças, com o reconhecimento do papel fundamental dos professores e com o envolvimento da comunidade na construção de um futuro melhor. Uma escola pública de gestão pública é a base para uma sociedade inclusiva, e essa é a bandeira que Guilherme Boulos e Cláudio Fonseca levantam com determinação.
A esperança de transformação existe e está ao alcance de todos nós. São Paulo pode ser um exemplo de educação pública de qualidade, se voltar a investir em seus professores, em suas escolas e, principalmente, em suas crianças. Eleger Boulos e Cláudio Fonseca é garantir que essa visão se torne realidade. Vamos construir, juntos, uma cidade onde a educação seja a chave para o futuro.
Chegou a hora de transformar o declínio em esperança, de acreditar que um outro caminho é possível. A educação é o alicerce de uma sociedade justa, e com Boulos e Cláudio Fonseca, São Paulo pode voltar a ser referência de inclusão, qualidade e democracia nas escolas.