Brasil ultrapassa 5 mil mortes e 6 milhões de casos de dengue. SP concentra casos

Número de óbitos é quatro vezes maior do que o registrado no ano passado. São Paulo, Minas e Paraná são os estados com a maior quantidade de casos prováveis da doença

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Passam de cinco mil as mortes causadas pela dengue no Brasil em 2024, número quatro vezes maior do que o registrado em todo o ano passado, quando 1.179 óbitos foram notificados. De acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses, do Ministério da Saúde, o país contabiliza mais de 6,4 milhões de casos prováveis da doença. 

Além das 5.008 mortes confirmadas, outras 2.137 estão em investigação. O coeficiente de incidência da doença, neste momento, é de 3,1 mil casos para cada 100 mil habitantes e a letalidade em casos prováveis é de 0,08.

São Paulo concentra a maior parte dos casos prováveis de dengue, com pouco mais de 2 milhões de registros, seguido de Minas Gerais, com 1,6 milhão; Paraná, com  644,5 mil e Santa Catarina, com 363,8. Já os estados com menor número de casos prováveis são Roraima (546), Sergipe (2,4 mil), Acre (4,6 mil) e Rondônia (5 mil).

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Quando se considera o coeficiente de incidência da doença, o Distrito Federal aparece em primeiro lugar, com 9,7 mil casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Em seguida estão Minas Gerais (8,2 mil), Paraná (5,6 mil) e Santa Catarina (4,7 mil). Já as unidades federativas com menor coeficiente são Roraima (85,8), Sergipe (112,2), Ceará (138,9) e Maranhão (162,1).

Ainda de acordo com o Painel, 55% dos casos prováveis se concentram entre mulheres e 45%, entre homens. O grupo de 20 a 29 anos responde pelo maior número de infecções, seguido pelos de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos. Já os grupos que registram menos casos são menores de 1 ano, 80 anos ou mais e 1 a 4 anos.

Combate à dengue

Segundo as orientações do Ministério da Saúde, para evitar a dengue, a eliminação dos focos do mosquito segue como medida mais eficaz. As larvas do transmissor se desenvolvem em água parada. Dessa forma, é preciso empenho da sociedade para eliminar os criadouros com medidas simples e que podem ser implementadas na rotina, como tampar caixas d’água e outros reservatórios, higienizar potes de água de animais de estimação, tampar ralos e pias, entre outras. 

O Ministério da Saúde sugere que a população faça uma inspeção em casa, pelo menos, uma vez por semana, para encontrar possíveis focos de larvas. 

Além disso, é necessário receber bem os agentes de saúde e agentes de combate às endemias. Por fim, recomenda-se como medida adicional de controle o uso de repelentes e a instalação de telas em portas e janelas, especialmente nas regiões com maior registro de casos. 

Vacinação

A vacinação contra a doença foi iniciada no Sistema Único de Saúde (SUS) em fevereiro. O Brasil foi o primeiro país do mundo a oferecer a vacina contra a dengue no sistema público de saúde. 

O Ministério da Saúde adquiriu todas as vacinas disponibilizadas pelo fabricante. Porém, a quantidade de doses está limitada à capacidade operacional e logística da empresa. 

Por isso, os imunizantes estão sendo destinados, inicialmente, a regiões de saúde com municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes, levando também em conta altas taxas nos últimos meses.

Com informações da Agência Brasil e Ministério da Saúde

(PL)

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