Brasil conquista duas medalhas de prata e também avança no surfe

Rebeca Andrade repete Tóquio ficando atrás apenas de Simone Biles. Medina avança para as semi-finais e é favorito para conquistar o ouro em Teahupoo

Foto: Luiza Moraes/COB

A quinta-feira (1°) foi agitada para o quadro de medalhas do Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris. O Time Brasil conquistou mais duas medalhas de prata e viu dois surfistas avançarem para as semifinais em Teahupoo, capital do surfe nos Jogos.

Pela manhã, o marchador Caio Bonfim superou seus adversários na marcha atlética de 20 quilômetros e ficou com o segundo lugar, com o tempo de 1h18m09s, atrás apenas do equatoriano Brian Daniel Pintado levou o ouro.

O brasileiro disputa as Olimpíadas desde Londres 2012 e se tornou símbolo da perseverança brasileira. De lá para cá, chegou na 39° colocação, em Londres, em quarto no Rio-16 e em 13° em Tóquio, em 2021.

Além da conquista de Caio Bonfim, um momento da prova ficou marcado, quando o fotógrafo David Ramos fez uma foto do brasileiro liderando a competição. Muitos internautas compararam o momento do clique com o mapa do Brasil.

A foto original é ao contrário do mapa brasileiro, mas na internet, muitos inverteram a fotografia, que lembra o mapa nacional.

Rebeca Andrade é prata, atrás “apenas” de Simone Biles

Meses de recuperação após as lesões no joelho, Rebeca Andrade deu nesta quinta mais um passo para se tornar a maior atleta brasileira de todos os tempos.

Rebeca Andrade iluminou a Bercy Arena, em Paris, somando 57.932 pontos na final feminina geral da Ginástica Artística. A americana Simone Biles, fenômeno do esporte mundial, alcançou surpreendentes 59.131 pontos, ficando com o bicampeonato olímpico.

A ginasta brasileira repetiu o desempenho de Tóquio e se tornou pela segunda vez vice-campeã do individual geral das Olimpíadas.

O ouro de Biles se tornou um raro bicampeonato olímpico para selar sua história de redenção após ter deixado as disputas nos Jogos do Japão para cuidar da saúde mental.

Enquanto isso, Rebeca Andrade dá passos largos para se tornar a maior brasileira em Olimpíadas. Ela soma quatro medalhas e precisa de mais uma para igualar o recorde dos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, ambos com cinco medalhas. Rebeca ainda vai disputar as finais de solo, salto e trave.

No surfe, Medina e Tati avançam para as semi-finais

Gabriel Medina foi o campeão do embate de brasileiros por uma vaga nas semifinais do torneio masculino de surfe dos Jogos Olímpicos de Paris (França). O tricampeão mundial mostrou toda a sua técnica para desbancar João Chianca, também conhecido como Chumbinho, por 14,77 a 9,33, nas ondas de Teahupoo nesta quinta-feira (1). Agora o surfista de São Sebastião medirá forças com o australiano Jack Robinson para buscar uma vaga na grande decisão.

Apesar de o mar não estar tão grande como em dias anteriores, Medina mostrou a agressividade que lhe é característica logo no início da bateria de forma a jogar a pressão para Chumbinho. Logo nos primeiros minutos da disputa o tricampeão mundial tirou da cartola dois tubos para receber as suas duas melhores notas na disputa, um 6,67 e um 8,10.

O Brasil também garantiu presença na semifinal da disputa do surfe feminino, com Tatiana Weston-Webb, que superou a espanhola Nadia Erostarbe nas quartas de final por 8,10 a 6,34. Antes a brasileira já tinha dado prova de que é forte candidata ao ouro olímpico após deixar pelo caminho a norte-americana Caitlin Simmers, atual número um do mundo.

“Estou me sentindo ótima [com a classificação para a semifinal]. Encontrei condições muito difíceis [no mar], mas passando essa bateria me deu condições, pois foi uma bateria super difícil, mas consegui mostrar um pouco do meu surfe e pegar uma ondas, e graças a Deus deu para passar mais uma” declarou a brasileira após a classificação.

Na próxima fase da competição Tati medirá forças com a costarriquenha Brisa Hennessey, que superou a brasileira Luana Silva por 6,37 a 5,47 e impediu uma semifinal brasileira no feminino.

Autor