Sobe para 171 o número de mortos nas enchentes do Rio Grande do Sul

Tragédia climática afeta mais de 2,3 milhões de pessoas, com milhares de desalojados e infraestrutura comprometida em 475 municípios.

Foto: Rafa Neddermeyer/AgBr

Subiu para 171 o número de mortos em decorrência das fortes chuvas que assolam o Rio Grande do Sul desde o fim de abril, segundo balanço divulgado neste sábado (1º/6) pela Defesa Civil gaúcha.

número de desaparecidos caiu para 43, enquanto o de feridos permanece em 806. Mais de 618 mil pessoas seguem desalojadas, com 37.812 em abrigos temporários, mais de um mês desde o início do mau tempo. Ao todo, mais de 2,3 milhões de moradores foram afetados em 475 municípios.

As fortes chuvas que começaram em 27 de abril avançaram na direção norte por mais de uma semana, deixando um rastro de enxurradas e inundações. Rios como Taquari, Sinos, Caí, Gravataí, Pardo e Jacuí transbordaram, causando mortes e destruição. O Rio Guaíba, que banha a capital Porto Alegre, também transbordou, inundando diversos bairros e provocando alagamentos em cidades como Rio Grande e Pelotas.

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A infraestrutura em todo o estado foi fortemente comprometida, com dezenas de deslizamentos e pontes arrastadas, deixando milhares de famílias ilhadas. Até o momento, mais de 77 mil pessoas foram resgatadas. A rodoviária e o aeroporto de Porto Alegre ficaram alagados e pararam de operar.

Neste sábado (1º/6), o nível do Guaíba ficou abaixo da cota de inundação pela primeira vez em um mês, permitindo que moradores de bairros como Humaitá e Vila dos Farrapos retornassem para casa, encontrando muito lixo e lama.

Rio Guaíba

O nível do Rio Guaíba, em Porto Alegre, finalmente ficou abaixo da cota de inundação neste sábado (1º/6), alcançando 3,58 metros, dois centímetros abaixo do patamar de transbordamento (3,6 metros). Este é o primeiro recuo significativo após um mês de cheias, monitoradas em tempo real com lasers na Usina do Gasômetro e divulgadas pela Agência Nacional de Águas (ANA). Com a recente diminuição, muitos moradores de bairros como Humaitá e Vila Farrapos retornam às suas casas e comércios, após mais de 25 dias.

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com agências

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