Brasil surpreende e gera 180 mil empregos formais em um mês
Saldo de vagas com carteira assinada em janeiro de 2024 foi duas vezes maior do que o registrado em janeiro de 2023, conforme do Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho
Publicado 15/03/2024 16:09 | Editado 18/03/2024 14:45
O mercado de trabalho avançou bem em janeiro de 2024, com um saldo de empregos formais duas vezes maior do que o registrado em janeiro de 2023. É o que apontam dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta sexta-feira (15) pelo Ministério do Trabalho.
Conforme o levantamento, no primeiro mês deste ano, o País surpreendeu e gerou 180.395 vagas com carteira assinada. Analistas do mercado esperavam um alta no saldo entre admissões e demissões, mas não dessa envergadura. Segundo o Valor Data, a estimativa de instituições financeiras, gestoras de recursos e consultorias era de 33 mil a 115,4 mil novos empregos.
Um ano antes, em janeiro de 2023, foram 90.031 postos de trabalho a mais. Os dados se referem apenas a contratações formais por empresas do setor privado.
O crescimento é o maior para o mês desde 2021, quando foram gerados 254,3 mil empregos formais. Mas o número daquele ano foi turbinado em razão da reabertura gradual da economia em meio à pandemia de Covid-19.
Na avaliação do governo, o desempenho registrado agora pode impulsionar um 2024 favorável à abertura de mais vagas. “Tem um patamar importante de largada na economia neste ano. Vamos olhar fevereiro – mas creio que fevereiro também virá com números importantes”, disse, em entrevista coletiva, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
De acordo com ele, “será um bom ano para a economia, para os empregos e salários”. De janeiro de 2023 para janeiro de 2024, o total de trabalhadores com carteira assinada já registrou um salto relevante, passando de 43,6 milhões para 45,7 milhões.
A nova expansão foi puxada, sobretudo, por Serviços (80.58780.587 vagas abertas em janeiro) e Indústria (67.02967.029). No recorte por regiões, o maior incremento de empregos ocorreu no Sul (67.218 vagas) e no Sudeste (57.243). Entre os estados, destacaram-se São Paulo (38.499 postos a mais), Santa Catarina (26.210) e Rio Grande do Sul (20.810).
Um ponto preocupante é a geração de vagas nos chamados “regimes não típicos de trabalho”. O Caged indicou 37.001 novos postos de trabalho intermitente, de aprendizes, temporários, contratados por Cadastro de Atividades Econômicas da Pessoa Física ou com carga de até 30 horas.