Time Brasil terá mais mulheres do que homens nos Jogos de Paris

Até o momento, são 101 brasileiras confirmadas nos Jogos Olímpicos. COI anuncia a mesma quantidade de vagas para mulheres e homens pela primeira vez na história

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Pela primeira vez na história, o Time Brasil deverá ser composto por mais mulheres do que homens nos Jogos Olímpicos de Paris. Nunca o total de brasileiras foi maior que o de brasileiros entre os enviados a uma Olimpíada. Os jogos também terá a maior participação feminina da história, com metade dos 10.500 atletas mulheres.

Até agora, a delegação brasileira garantiu 163 vagas, sendo 101 femininas, 47 masculinas e outras 15 sem gênero (no hipismo, as mulheres competem com os homens e a natação não tem definição dos revezamento). O número passou de 100, nesta quinta (7), com a garantia da vaga para a dupla Duda e Ana Patrícia, do vôlei de praia, e de Georgia Furquim Bastos, para o país no skeet feminino do tiro esportivo.

“Será mais um marco importante na história do esporte brasileiro. O esporte feminino de alto rendimento vem tendo um crescimento significativo no Brasil. Se pararmos para pensar que em 1964, a Aída dos Santos foi a única mulher brasileira nos Jogos Olímpicos, a evolução é muito grande”, valorizou Mariana Mello, gerente de planejamento e desempenho do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) em entrevista ao jornal O Globo.

A primeira mulher a representar o Brasil em uma Olimpíada foi a nadadora Maria Lenk, em 1932, em Los Angeles. Nos Jogos de Tóquio, realizados em 2021 em razão da pandemia do coronavírus, foram 141 mulheres, o que corresponder a 46,5% do total.

Mais que a participação, o Time Brasil feminino tem uma grande quantidade de atletas favoritas para a conquista das medalhas olímpicas. Nomes como Rebeca, Rayssa Leal, Ana Marcela Cunha, Mayra Aguiar, Beatriz Souza, Bia Ferreira, Ana Patrícia/Duda, Martine/Kahena, entre outras são trunfo brasileiro para obter uma histórica participação nos Jogos.

Em Tóquio-2020, elas foram as principais responsáveis para o país alcançar seu melhor resultado. Das 21 medalhas, sendo sete de ouro, seis de prata e oito de bronze, as mulheres ganharam nove. Quase o dobro das cinco conquistadas em casa, na Rio-2016. Enquanto os homens ganharam 10,16% das medalhas que disputaram em Tóquio (12 em 118), as mulheres venceram 11,25% (9 de 80).

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