Deputados condenam novo ataque de Israel em Gaza e cobram cessar-fogo
Tropas israelenses atacaram palestinos que aguardavam ajuda humanitária em Gaza. Deputados do PCdoB repudiam o que classificaram de massacre e cobram fim da “carnificina”
Publicado 01/03/2024 11:59 | Editado 01/03/2024 15:10
Deputados do PCdoB condenaram, mais uma vez, os ataques das tropas israelenses contra palestinos. Nesta quinta-feira (29), centenas de palestinos que aguardavam ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza foram mortos e ficaram feridos, após ataque israelense. Para os parlamentares, que, historicamente, apoiam a luta do povo palestino por seu território, “o mundo continua a assistir um genocídio e clama pelo cessar-fogo”.
“Palestinos famintos, aglomerados, esperando comida e receberam balas mortíferas do exército de Israel, gerando espanto e indignação em todo o mundo”, comentou o líder do PCdoB na Câmara, Márcio Jerry (MA).
“Essa situação já ultrapassou o nível da crueldade e desumanidade. Isso é limpeza étnica! O mundo clama pelo cessar-fogo! Nossa solidariedade à luta, história e vivência do povo palestino”, afirmou a deputada Alice Portugal (BA).
A deputada Jandira Feghali (RJ) afirmou que o mundo continua a assistir um genocídio diante dos seus olhos, e criticou quem ainda defenda as ações de Netanyahu. “Temos que exigir cessar-fogo até que pare esta carnificina”, alertou.
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O deputado Orlando Silva (SP) disse ser “inaceitável, injustificável e dilacerante” a tragédia humanitária que ocorre em Gaza. “O mundo exige um cessar-fogo imediato nessa guerra insana”, disse.
O deputado Daniel Almeida (BA) também condenou o ataque. Para ele, “é uma atrocidade que não pode ser ignorada”. “Abrir fogo contra civis que esperavam por comida é uma violação aos direitos humanos. É hora da comunidade internacional tomar medidas e essa guerra acabar”, disse.
Em nota, o governo brasileiro afirmou que o governo de Israel “não tem qualquer limite ético ou legal” em Gaza.
O Ministério das Relações Exteriores, comandado por Mauro Vieira, disse que “as aglomerações em torno dos caminhões que transportavam ajuda humanitária demonstram a situação desesperadora a que está submetida a população civil da Faixa de Gaza e as dificuldades para obtenção de alimentos no território”.
No comunicado, o Itamaraty reiterou ainda o posicionamento do Brasil pela urgência do cessar-fogo e do efetivo ingresso em Gaza de ajuda humanitária em quantidades adequadas, bem como a libertação de todos os reféns.