Economia brasileira sob Lula volta a virar referência internacional

Declarações do FMI e do BTG ocorrem em meio às reuniões sobre economia promovida pela presidência brasileira no G20

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O Brasil voltou a virar referência internacional na economia e atrai mais investidores após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Enquanto o banco de investimento BTG publicou um documento que classifica o país como um dos favoritos para se beneficiar da “nova ordem mundial”, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva afirmou que o Brasil é “uma boa notícia para a economia mundial”.

Georgieva ressaltou que o país superou as projeções de crescimento dos últimos anos, inclusive as do próprio Fundo. Em sua avaliação, o Brasil está bem posicionado no cenário fiscal, com um pacote “muito determinado” de reformas, incluindo mudanças no sistema tributário, que tendem a elevar o crescimento potencial ao longo do tempo.

Em entrevista ao Valor Econômico, a economista búlgara destacou que o país possui uma “enorme vantagem comparativa na nova economia do clima” e está apto para uma transformação ecológica que poderia criar novas oportunidades industriais. As declarações ocorrem em meio às reuniões sobre economia promovida pela presidência brasileira no G20.

Já o documento publicado pelo BTG aos clientes, assinado por Calors Sequeira e equipe, foi intitulado “A vez do Brasil finalmente chegou?”. Em sua capa, uma imagem que remete a energias renováveis e discorre, ao longo das 27 páginas, sobre oportunidades e desafios que o País oferece.

O Brasil se projeta como “uma democracia consolidada, geopoliticamente distante dos principais conflitos globais e que mantém a neutralidade num mundo cada vez mais polarizado”, aponta o texto. Entre os principais predicados do País, na visão do banco, está o protagonismo na agenda de sustentabilidade global.

Os analistas destacam que 80% da energia utilizada por aqui é limpa, entre fontes hídrica, eólica e solar, e 21% dos combustíveis utilizados para transportes são biocombustíveis. “Todos produzidos a preços super competitivos”, diz o documento.

O banco controlado por André Esteves enumera ainda a força do Brasil no comércio exterior: de longe, o maior exportador de alimentos do mundo, em termos líquidos, com um montante três vezes superior ao segundo colocado, dizem os analistas. Eles destacam também o fato de ser o grande país com mais terra disponível. “À medida que cresce a demanda pela produção global de alimentos, o Brasil está soberbamente posicionado para atender a essas necessidades”, afirmam.

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