Vacinação contra dengue prioriza crianças e adolescentes de 6 a 16 anos

Com início previsto para fevereiro, a expectativa é que cerca de 3,2 milhões de pessoas sejam vacinadas.

Foto: Rogério Vidmantas/Prefeitura de Dourados

Em uma medida estratégica para combater a crescente incidência de casos de dengue, o Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (15) que irá priorizar a imunização de crianças e adolescentes com idades entre 6 e 16 anos, com início previsto para fevereiro. A decisão segue as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização, composta por especialistas na área.

O país prevê a aquisição de 5,2 milhões de doses da Qdenga, produzida pelo laboratório japonês Takeda. Outras 1,2 milhão de doses adicionais estão em processo de doação pela empresa, com tratativas para viabilizar o processo. O esquema vacinal consiste em duas doses, administradas a cada três meses. A expectativa é que cerca de 3,2 milhões de pessoas sejam vacinadas.

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Segundo o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti, a escolha da faixa etária visa focar nos grupos mais vulneráveis à doença. “De 6 a 16 anos é uma faixa etária que vamos priorizar. Dentro dessa faixa etária, vamos decidir qual grupo será prioritário. Tem a discussão de dentro desse grupo quem hospitaliza mais. Não avançaremos fora deste grupo.”, explicou o diretor.

A definição do público-alvo e das localidades prioritárias será estabelecida em conjunto com estados e municípios, em uma reunião agendada para o dia 25 de janeiro.

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A Qdenga (TAK-003) é um imunizante contra a dengue que contém vírus vivos atenuados, induzindo respostas imunológicas contra os quatro sorotipos do vírus. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) indica a vacina para pessoas de 4 a 60 anos, sem estudos de eficácia em indivíduos com mais de 60 anos.

A vacina é destinada tanto para quem já teve dengue quanto para aqueles que nunca foram infectados, sendo a primeira vacina no país liberada para pessoas que nunca tiveram contato com o vírus.

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O Brasil enfrentou um recorde de mortes por dengue em 2023, com 1.094 óbitos, segundo dados extraídos do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). Com o país liderando as estatísticas globais de casos de dengue, as autoridades de saúde alertam para a possibilidade de uma epidemia da doença em 2024.

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