Jogadores da seleção assinam carta em apoio a greve de jogadores no Uruguai

Principais divisões do futebol uruguaio estão paralisadas desde 7 de setembro, quando os clubes rejeitaram reformas pedidas pelos jogadores

Foto: Reprodução

Os jogadores da primeira e segunda divisão do campeonato uruguaio ganharam, nesta quinta (28), um importante apoio para a continuação da greve pelas reformas no futebol do país.

Jogadores da seleção celeste, como Darwin Núñez, do Liverpool, José Maria Giménez, do Atlético de Madrid, e Facundo Pellistri, do Manchester United, assinaram manifesto defendendo a paralisação do sindicato local dos jogadores profissionais do país, a Mutual Uruguaya de Futbolistas Profesionales (MUFP).

“Reiteramos nosso apoio a Mutual e aos nossos colegas. Não estão sozinhos na luta. Para cima, Uruguai”, assinaram os jogadores.

Os jogadores da primeira e segunda divisão do país estão de braços cruzados desde o dia 7 de setembro, após os clubes não votarem a favor das reformas no futebol uruguaio, demanda da MUFP.

Entre outras coisas, a Mutual exige aumento do salário mínimo para os jogadores da segunda divisão.

“Denunciamos que a grave situação em que vive nosso futebol é o resultado do comportamento de certas diretorias de clubes relacionados com interesses políticos e econômicos de terceiros que, de forma alguma, comungam com o desenvolvimento e bem-estar do futebol Uruguai”, denunciam os jogadores da seleção.

“Consideramos imprescindível a implementação de uma reforma que priorize o ativo principal do futebol, os jogadores, para que eles possam desenvolver sua profissão em um ambiente digno e com condições laborais justas”, exigem.

Em negociações recentes, os clubes apresentaram uma proposta de reforma para o Estatuto do Jogador. No entanto, a iniciativa foi considerada como desrespeitosa, segundo os jogadores.

“Estamos mais distantes [do acordo]. Não estamos nada satisfeitos com a proposta dos clubes. [Antes] não estávamos otimistas, mas [com a proposta] estamos surpreendidos. Está claro que não há vontade [por parte dos clubes]; Claramente há clubes que querem o caos”, disse o presidente da Mutual, Diego Scotti, em declarações à imprensa.

“Não há coerência na proposta. Perdem-se direitos conquistados e há deslealdade por parte de alguns membros na hora de negociar. Ficamos magoados com a forma desleal e a falta de ética de alguns membros. A proposta é uma vergonha e vamos solicitar uma reunião urgente com o Executivo da AUF”, disse Scotti.

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Confira a nota na íntegra:

Em relação à situação real que está atravessando nossos colegas, que, desde o passado 7 de setembro, tiveram que adotar medidas sindicais que implicam na paralisação oficial, em defesa de interesses legítimos, os jogadores integrantes da seleção manifestam o seguinte:

1°) Nosso total apoio e respaldo à medida adotada, entendendo que ela busca estabelecer reformas necessárias para a convenção coletiva vigente, em condições de uma modernização é  imprescindível em nosso futebol, e também adequar sua situação à de qualquer país desenvolvido

2°) Denunciamos que a grave situação em que vive nosso futebol é o resultado do comportamento de certas diretorias de clubes relacionados com interesses políticos e econômicos de terceiros que, de forma alguma, comungam com o desenvolvimento e bem-estar do futebol Uruguai. Os dirigentes são os verdadeiros responsáveis ​​pela situação atual, sendo que foi negada de forma reiterada e sistemática introduzir as reformas necessárias para modernizar nosso futebol.

3°) Consideramos imprescindível a implementação de uma reforma que priorize o ativo principal que tem o futebol, que não é outro que os futebolistas, para que você possa desenvolver sua profissão em um ambiente digno e com condições laborais justas. É por tudo o que referimos que reiteramos nosso apoio à Mutual e à nossos colegas. Não estou sozinho nesta luta.

Arriba Uruguai!

FUTBOLISTAS DA SELEÇÃO URUGUAYA DE FÚTBOL

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