Luisa Gonzalez poderá ser a primeira mulher na presidência do Equador

A candidata Luisa Gonzáles, da Revolução Cidadã, foi a vencedora do primeiro turno da eleição presidencial do Equador, ocorrida neste domingo (20). Com 98% das urnas apuradas, a candidata correista obteve 33,31% enquanto Daniel Noboa, do Acción Democrática Nacional (ADN), ficou com 23,66% dos votos válidos.

A chapa Construye, de Fernando Villavicencio, candidato assassinado durante a campanha eleitoral, obteve 16,51%, com Christian Zurita, que o sucedeu na disputa.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), comparável ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil, ratificou que haverá segundo turno para presidência, marcado para o dia 15 de outubro.

Confira o resultado parcial, com 92,99% das urnas apuradas (fonte CNE, 12:25)

Luisa González, 33,31%
Daniel Noboa, 23,66%
Fernando Villavicencio (Zurita), 16,51%
Jan Topic, 14,68%

Em maio, o atual presidente Guillermo Lasso dissolveu a Assembleia Nacional, liderada até então pela oposição, quando estava prestes a sofrer um processo de impeachment pelo crime de peculato.

O mecanismo da “morte cruzada” dissolve o legislativo e convoca eleições gerais, ou seja, tanto para a presidência da República, quanto para a Assembleia Nacional.

O primeiro turno das eleições ocorreu com muita insegurança após o assassinato de Fernando Villavicencio. O candidato foi executado durante um comício por colombianos fortemente armados.

Segundo turno

O Equador voltará às urnas no dia 15 de outubro para decidir o segundo turno da eleição presidencial, que colocará frente a frente a candidata do ex-presidente Rafael Correa, Luisa Gonzáles, e o filho de um dos homens mais ricos do país, Daniel Noboa.

Caso saia vencedora em outubro, Gonzáles se tornará a primeira presidente eleita do Equador. A candidata propõe construir um sistema econômico sustentável, inclusivo e igualitário, que propicie justiça econômica e igualdade de oportunidade.

Gonzáles aponta a agenda neoliberal dos governantes pós Rafael Correa (2007-2017) como principal razão para os alarmantes índices de desenvolvimento humano no país.

Já Daniel Noboa, filho do bilionário Álvaro Noboa, industrial do ramo bananeiro, caso eleito, será o presidente mais jovem da história do país. Seu pai é o candidato que mais vezes disputou eleições presidenciais no Equador (cinco vezes, três das quais conseguiu chegar ao segundo turno).

Daniel Noboa foi eleito para a Assembleia Nacional em 2021 e até o último debate televisionado não era considerado um dos principais candidatos do pleito, segundo as pesquisas.