Lula diz que verdadeiro empresário do agronegócio respeita meio ambiente

“O verdadeiro empresário do agronegócio tem compromisso porque ele sabe que se paga um preço se a gente for irresponsável”, disse o presidente eleito

Lula no encontro com representantes da sociedade civil na COP27 (Foto: Ricardo Stuckert)

Ao participar de um encontro com representantes da sociedade civil brasileira nesta quinta-feira (17), durante 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), no Egito, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou do relacionamento que quer manter com os empresários do agronegócio.

“Dizem, ‘o agronegócio não gosta do Lula’. Eu não quero que goste, eu só quero que me respeitem como eu respeito eles. O verdadeiro empresário do agronegócio sabe onde não pode fazer queimada, onde não pode fazer derrubada de floresta. O verdadeiro empresário do agronegócio tem compromisso porque ele sabe que se paga um preço se a gente for irresponsável”, disse o presidente eleito.

Lula avisou que o governo será duro contra garimpo em terras indígenas, desmatamento ilegal e outros crimes ambientais. Paralelo a isso, vai trabalhar com políticas de incentivo à produtividade.

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“Se ele quiser [o madeireiro] utilizar madeira, faça seu florestamento, compre uma área de terra e levante as árvores que quer cortar. Por que cortar uma árvore que tem 200 anos de existência, não é necessário”, disse.

“Não precisa derrubar um metro quadrado de árvore para aumentar a produção de soja, de milho ou criar gado, temos milhões de hectares de terra degradada que podem ser recuperadas”, completou.

O senador Carlos Fávaro (PSD-MT), que integra o grupo técnico do agronegócio na equipe de transição de Lula, disse à CNN que o presidente eleito “gosta do agronegócio e quem cumprir sua vocação de produzir alimentos será respeitado no próximo governo”.

“Lula fez uma MP para repactuar dívidas de produtores, regulamentou os alimentos transgênicos, fez investimentos em frota e infraestrutura, além de ter possibilitado que pequenos e médios produtores pudessem comprar equipamentos para modernizar suas propriedades com juros de 2,5% ao ano. Ao mesmo tempo, trouxe segurança jurídica a produtores e ambientais, a começar o debate do Código Floresta. Com isso, fomos de 20 milhões de toneladas a 300 milhões”, lembrou.

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