Jornalistas lançam manifesto em defesa da democracia, do TSE e da chapa Lula-Alckmin
O documento é assinado por 2.337 profissionais vinculados a redações de diversos veículos em todo o país
Publicado 25/10/2022 09:33 | Editado 25/10/2022 09:46
Jornalistas de todo o país, vinculados a diversas redações, lançaram nesta segunda-feira (24) um manifesto em defesa da democracia, da chapa Lula-Alckmin e em apoio ao trabalho do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a proliferação de fake news na campanha eleitoral. O documento recomenda o voto no ex-presidente e cobra das grandes plataformas digitais “maior empenho no combate às fake news”. Até o fim da noite, 2.337 jornalistas já haviam aderido ao manifesto.
Leia a seguir a íntegra do documento:
Manifesto de apoio à democracia, ao TSE e à chapa Lula-Alckmin
Como jornalistas com o compromisso ético de perseguir e publicar a verdade, estamos indignados com o grande fluxo de notícias falsas produzidas com o objetivo deliberado de fraudar a decisão livre do eleitor neste segundo turno da disputa presidencial.
Repudiamos toda e qualquer forma de censura e não admitimos que a liberdade de expressão seja distorcida para permitir a prevalência de mentiras na campanha eleitoral. Também vemos com apreensão que concessões públicas de rádio e TV sejam usadas em favor de uma candidatura. Por isso apoiamos o esforço do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para coibir a interferência danosa das fake news nas eleições, respeitados os limites da Constituição e da lei.
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Bolsonaro tem uma trajetória associada à violência desde os anos 1980, com o plano de explodir bombas em quartéis que o levou à prisão. Ele e os filhos têm conexões com Adriano da Nóbrega, apontado como miliciano pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). O clã foi acusado por ex-funcionários de obrigar servidores a lhes entregar grande parte dos salários. Desde os anos 1990 a família comprou 107 imóveis e pagou quase a metade em dinheiro vivo.
Bolsonaro defende a ditadura, a tortura e o assassinato de opositores. Ofende as cidadãs e os cidadãos negros, indígenas, nordestinos e LGBTQIA+. Acha natural sentir atração sexual por meninas de 14 anos. Mostrou-se desumano diante da dor dos brasileiros na pandemia. Foi incompetente na economia e a fome voltou. Desprezou a ciência, o meio ambiente, a cultura e a educação.
Bolsonaro destruiu instrumentos de transparência e de combate à corrupção. Comprou o apoio do Congresso com o orçamento secreto, elevando a níveis inéditos o desvio de recursos públicos. Com o uso ilegal da máquina pública Bolsonaro ilude muitos, mas não os jornalistas dignos desse nome. Daí sua fúria contra nós, dirigida sobretudo às colegas mulheres.
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É um presidente que prega abertamente a desobediência a decisões da Justiça e que incentiva a população a se armar, contribuindo assim para enfraquecer as instituições republicanas e estimular a violência.
Nós, jornalistas que defendemos uma comunicação democrática inclusiva e que respeite os valores da diversidade e da igualdade étnico-racial, recomendamos o voto em Lula e Alckmin nesta eleição em que a nossa democracia está em jogo.
Lula já demonstrou suas qualidades como gestor e provou sua inocência após injusto massacre judicial. Nada tem de comunista, como alardeiam seus inimigos. É um conciliador, que conta com o apoio de trabalhadores e da parcela mais lúcida do empresariado e da intelectualidade do país.
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Reiteramos o apoio ao TSE e cobramos das grandes plataformas digitais maior empenho no combate às fake news para termos eleições limpas, livres e seguras. Com a ampla aliança conduzida por Lula e Alckmin, reencontraremos a paz, o desenvolvimento e, fundamental para a sobrevivência do jornalismo, teremos a garantia de que a democracia sobreviverá!
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