Em vídeo, engenheiro avalia segurança das urnas eletrônicas

O engenheiro eletrônico Osvaldo Catsumi Imamura, um dos criadores do equipamento que os eleitores usam para votar, responde a seis perguntas sobre a urna.

Reprodução do site da Revista Fapesp.

No vídeo de seis minutos, ele fala sobre a segurança dos dados; as camadas de proteção – quantas e quais são; os testes que são feitos por engenheiros e outros técnicos para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE); e os níveis de auditoria, interna e externa, entre outros aspectos que envolvem a criação, o desenvolvimento e a operação das urnas, desde que foram utilizadas pela primeira vez no Brasil, nas eleições municipais de 1996.

Especialista em segurança da informação, ele é um dos idealizadores da urna e até hoje acompanha os testes públicos de segurança (TPS) feitos pelo Tribunal a cada eleição. Formado pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e pesquisador do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), centro de pesquisa ligado à Aeronáutica, em São José dos Campos (SP), Catsumi esteve desde o primeiro momento, em 1995, na equipe que projetou e desenvolveu a arquitetura da urna eletrônica.

Ele foi o principal responsável por garantir a segurança do equipamento. Saiu da equipe técnica do TSE em 2005 e continuou como consultor. Em uma entrevista à Revista Fapesp, em julho, ao explicar que toda a segurança da urna está em camadas e, portanto, não há uma proteção única, exclusiva da Justiça Eleitoral, o engenheiro explicou também que isso acontece porque “a urna tem de ser colocada tanto em uma escola comum como em lugares distantes, de difícil acesso”.

“Hoje, 80% das urnas são transportadas por pessoas comuns, e não existe comboio de polícia militar ou das Forças Armadas fazendo escolta. Existem níveis ou camadas de segurança que precisaram ser criados pensando nessas circunstâncias e condições, até que a urna entre na fase de oficialização da seção eleitoral no dia da eleição”. A partir do momento que se oficializa, diz ele, as camadas que continuam existindo são exclusivas da Justiça Eleitoral (as camadas anteriores, não). “Se um ladrão roubar uma urna, significa que invadiu uma primeira camada. A eleição está comprometida? Não. Só estaria comprometida se fosse roubada uma quantidade absurda de urnas, inviabilizando a eleição por falta do equipamento”.

Veja a íntegra do vídeo.

Com informações da Agência Fapesp

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