“Votem em candidatos do time do Lula”, pediu o ex-presidente

O apelo feito neste sábado (10/9) foi para que os eleitores votem em deputados estaduais, deputados federais, senadores e governadores do “time do Lula”.

Comício em Taboão da Serra (SP) neste sábado, 10/9. Foto: Ricardo Stuckert

Durante comício em Taboão da Serra (SP), o candidato da federação partidária Brasil da Esperança conclamou as eleitoras e os eleitores que o apoiam a assumirem “um compromisso” de eleger bancadas fortes alinhadas com a chapa e o programa defendidos pelos partidos e coligações que ele lidera nos estados.

“Votar em deputado da turma deles é a mesma coisa que colocar a raposa para tomar conta do galinheiro, achando que as galinhas vão engordar, mas a raposa vai comer as galinhas. E é isso que aconteceu com a eleição de 2018”, referindo-se às grandes bancadas bolsonaristas eleitas no pleito passado. Parlamentares que, nas Assembleias Legislativas e no Congresso Nacional, votam sempre contra os interesses do povo.

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Lula disse que, nesta eleição de 2 de outubro, estaremos decidindo “como vamos consertar esse país, por isso é importante eleger o Márcio”, dirigindo-se a Márcio França, candidato da chapa ao Senado em São Paulo. Lula citou como exemplo de decisão importante que vai requerer apoio do Legislativo a reversão da reforma trabalhista, porque “precisamos tirar o povo da escravidão, queremos carteira de trabalho de verdade [não a verde-amarela inventada por Bolsonaro], com férias, descanso semanal remunerado e outros direitos dos trabalhadores”.

França pediu às pessoas presentes para contatarem parentes e amigos que residem fora do município, “pelo zap, por telefone, parente no Nordeste e no interior”, para que votem na chapa de Lula. “Não existe eleição de véspera, vocês têm de ser a voz do Lula, o coração do Haddad, os olhos da gente” até o dia da votação. Ele lembrou que, em 2018, disputando o segundo turno para governador do estado contra João Doria, teve 70% dos votos de Taboão e 80% da região”, almejando repetir esse bom desempenho agora em 2022. “Precisamos que nos ajudem a fazer a grande eleição das nossas vidas.”

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O candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin, declarou que Bolsonaro é “incivilizatório” e que o Brasil “deu marcha a ré nesses quatro anos”. Ao rechaçar o atual mandatário, Alckmin afirmou que “Um presidente que tem saudade da ditadura não pode pedir o voto do povo, ele é promotor de armas”, emendando que “metade das mulheres mortas no Brasil o foram por armas de fogo”.

Comício em Taboão da Serra (SP) neste sábado, 10/9. Foto: Ricardo Stuckert

Lula foi na mesma linha, ao defender o Estatuto do Desarmamento e lembrar que seu governo recolheu e destruiu 620 mil armas. “Eu quero o povo armado de livros, de sabedoria, de conhecimento e cultura”. Ele também criticou o clima bélico que Bolsonaro trouxe para as eleições de 2022 e lamentou o brutal assassinato, no interior do Mato Grosso do Sul, de mais um eleitor petista, desta vez pelas mãos de um bolsonarista que confessou para a polícia ter matado por divergências políticas.

O candidato a governador de São Paulo Fernando Haddad falou que nesta eleição o país estará escolhendo não um governo, e sim um “regime” [democrático], referindo às ameaças de Bolsonaro às instituições, a autoridades e ao processo eleitoral. “Vamos escolher se a gente quer continuar vivendo em liberdade ou jogar o país no abismo do autoritarismo”.

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