Gamers criam cartilha “Lula Play” com propostas para o ex-presidente

Grupo de profissionais dos jogos digitais apresenta demandas para profissionalizar e impulsionar o setor; mercado dos games atingiu o valor de US$ 2,3 bilhões em 2021

Gamers entregam cartilha a Lula. Foto: Ricardo Stuckert

Um grupo de profissionais da área dos games criou e entregou ao ex-presidente Lula (PT) uma cartilha — batizada de “Lula Play”— que trata da importância do setor, além de propor medidas para alavancar seu crescimento e estruturação. Segundo o documento, no Brasil esse mercado chegou ao valor de US$ 2,3 bilhões em 2021. 

Além disso, a cartilha aponta crescimento anual de 5,1%, de acordo com relatórios da Newzoo, uma plataforma de dados da área dos games sediada em Amsterdã. A América Latina é apontada como o lugar com maior crescimento no número de jogadores, Brasil à frente. 

Ainda de acordo com os dados apresentados, o país é o 10º colocado no ranking mundial por receita gerada pelos jogos digitais, com 92,4 milhões de jogadores, que consumiram US$ 2,5 bilhões em produtos e serviços em 2021. 

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A indústria brasileira de jogos digitais, diz a “Lula Play”, teve um crescimento de mais de 700% no número de empreendimentos na última década, quase triplicando de tamanho em três anos, segundo o mapeamento da Abragames de 2022. A estimativa é de 1.009 empresas de jogos no país. 

A cartilha recorda ainda a atuação do ex-ministro da Cultura do governo Lula, o compositor Gilberto Gil, o primeiro agente público em âmbito federal a dedicar atenção ao setor. “Após 19 anos de suas primeiras ações de fomento para o setor de jogos digitais em nível feder- al, hoje se encontram num de seus níveis mais baixos historica- mente. Dos programas de apoio ao setor, o único que se manteve foi a ação de internacionalização da ApexBrasil, com o programa Brazil Games, em parceria com a Abragames, indo para o seu sexto ciclo bianual”, diz a cartilha. 

A iniciativa partiu do Instituto Lula, que em maio deste ano convidou especialistas para discutirem a questão. Entre as demandas apresentadas pelos gamers está a regulamentação da profissão, com garantia de direitos para os trabalhadores da indústria indie; a criação de cursos técnicos e de ensino superior para desenvolvedores de jogos – para que cada vez mais homens e mulheres possam desenvolver jogos digitais –; a revisão da legislação de banda larga, extinguindo o limite de dados e melhorando a velocidade de conexão entregue pelas operadoras de telecomunicação, entre outras.

(PL)

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