Alta da inflação na cidade de São Paulo faz sopa subir até 12,75% em abril
Legumes e outros alimentos in natura aumentaram de preço durante o quarto mês do ano, segundo os dados do IPC, informa o portal Reconta Aí.
Publicado 04/05/2022 15:58 | Editado 04/05/2022 17:32
O outono chegou e a temperatura já começou a cair na cidade de São Paulo. E com o friozinho, as sopas devem voltar a fazer parte do cardápio paulistano. Porém, os habitantes da maior cidade do País podem tomar um susto ao comprar os ingredientes para os caldos, principalmente os mais simples.
Legumes e outros alimentos in natura – aqueles comprados em feiras, sacolões e na seção de hortifruti dos supermercados – tiveram um forte aumento de preço durante o quarto mês do ano segundo os dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
A batata, por exemplo, teve um aumento de 30,2% em abril. Mas não foi apenas o tubérculo; a abóbora subiu 16,37%; o frango 10,25%; o repolho 8,84%, o feijão 6,45%; e assim por diante. Como em grande parte das receitas de sopas e caldos os principais ingredientes são legumes, tubérculos e verduras, o valor do prato deve ficar bastante salgado.
Qual sopa subiu mais?
Considerando uma sopa que contenha batata, cenoura e frango em partes iguais, o aumento seria em torno de 12,75%. Para chegar aproximadamente ao resultado, foi levado em conta 30,2% do aumento da batata + 10,25% do frango + -2,2% da cenoura , divididos por 3 (o número de ingredientes).
Com o mesmo cálculo, um creme de mandioquinha, que contenha mandioquinha e leite em proporções iguais, teria um aumento de 8,36%.
Outra receita tradicional, a sopa de mandioca com carne seca, em iguais proporções, ficaria 1,17% mais cara. Já com músculo, o preço seria 0,71% maior. Porém, se ao invés da carne bovina, fosse acrescentada a costela suína, a sopa ficaria -0,15% mais barata do que antes do mês de abril.
Outros custos
Essas estimativas, como dito anteriormente, são uma aproximação, já que não levam em conta nem os ingredientes totais nem as suas proporções corretas. O óleo de soja, por exemplo, que faz parte da maior parte das preparações no Brasil, subiu 8,45%; a cebola e o alho – bastante utilizados como tempero – subiram 3,59% e 2,92%, respectivamente. O pão francês, acompanhamento habitual das sopas em São Paulo, aumentou 4,17%; o azeite usado em fio sobre os caldos, 1,26%. Se na conta entrar o preço gás de cozinha então, o preço sobe ainda mais já que o botijão subiu 3,35%.
Fonte: Portal Reconta aí