Luta em defesa do trabalho digno em parceria com os movimentos sociais
Sindicalistas se uniram a movimentos sociais diversos para discutir uma pauta comum no Fórum Social das Resistências, em Porto Alegre, nesta quinta (28).
Publicado 30/04/2022 08:51 | Editado 30/04/2022 10:43
No dia 28 de abril de 2022, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS) e um coletivo de articulações compostas por organizações, entidades e grupos de movimentos de todo o país realizou a Assembleia de Convergência – Pela vida e trabalho dignos! Basta de racismo, machismo e LGBTfobia! #BolsonaroNuncaMais. O objetivo do encontro foi discutir a potência do entrelaçamento da luta de classes com a luta por direitos das mulheres, pela igualdade racial, pelos direitos LGBTs e todas as lutas na defesa da vida e da democracia dentro do processo do Fórum Social das Resistências.
A Assembleia ocorrida em auditório da Câmara Municipal de Porto Alegre foi organizado pela CTB, CUT, FBP, UBM, MMM, Unegro, UNALGBT, Conam, Multiplicidade, Ames e RedeLesbi.
Assim, além de refletir o entrelaçamento da luta de classes com a luta por direitos das mulheres, pela igualdade racial, pelos direitos LGBTs e todas as lutas na defesa da vida e da democracia no atual cenário político, a assembleia apontou caminhos de fortalecimento e mobilização para o próximo período, mas também para fortalecimento das bases pelo Brasil e pelo mundo, potencializando sujeitos, lutas e transformações sociais.
Nesse sentido, o grande desafio em 2022 é derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo, um projeto negacionista que ataca diariamente as instituições, colocando em risco o Estado democrático de direito; colocando em risco a vida do povo brasileiro, principalmente a vida das mulheres, das mulheres negras chefes de família e a comunidade LGBTQIA+.
Neste momento, é necessário intensificar as nossas lutas e olhar para a frente, mobilizar a esperança, reunir a força de todos os movimentos, em especial a força da classe trabalhadora nas ruas, com mobilizações para promover um futuro de mudanças que transformem o país. O desafio é lutar para superar a gravíssima crise em que o Brasil se encontra, que se manifesta em todos os setores, tanto econômico, político, social, sanitário, ambiental e cultural.
Portanto, entre as pautas prioritárias, é necessário e urgente garantir que as políticas públicas se voltem para a superação das diversas formas de opressão e desigualdades, inclusive de acesso e permanência no mercado de trabalho de pessoas com deficiência, população LBGTQIA+, imigrantes, juventude, mulheres, população negra, população rural, povos e comunidades tradicionais do campo, das águas e das florestas, entre outros grupos, além de políticas que combatam práticas discriminatórias e de violência contra esses segmentos da população. Promover a erradicação da fome, termos pleno emprego, combater a carestia e garantir a segurança alimentar.
Propostas
Principalmente nesta quadra política onde o Brasil vive um projeto ultraliberal na economia e conservador nos costumes, é fundamental a unidade dos(as) trabalhadores(as), dos movimentos sociais, dos partidos políticos, dos(as) democratas e amplos setores da sociedade, para que com grande amplitude e unidade consigamos derrotar nosso inimigo de classe e sua turma.
Precisamos seguir nas ruas e nas redes lutando para derrubar Bolsonaro e o bolsonarismo. Neste ano de 2022, temos a possibilidade de nas urnas ter de volta um governo popular e democrático que defenda um projeto de reconstrução nacional com uma agenda positiva para os(as) trabalhadoras(es).
O entrelaçamento da luta de classes com a luta por direitos das mulheres, pela igualdade racial, pelos direitos LGBTs e todas as lutas na defesa da vida e da democracia devem fazer parte de uma agenda de lutas comuns nesse próximo período.
Em 2022, a “bandeira da unidade e da esperança serão a chave da nossa vitória!”
Também foi realizado o lançamento de livros com a presença do dirigente nacional da CTB, Carlos Rogério Nunes, que lançou: Lutas do Proletariado Brasileiro – Centrais Sindicais e Movimentos Sociais nas Manifestações de Junho 2013.