Médico acusado de atirar em manifestantes é liberado em Maceió

O condutor suspeito de atirar em uma manifestação realizada por movimentos sociais foi preso quando estava escondido em um hotel no bairro de Mangabeiras, na parte baixa da capital alagoana, na terça-feira (1°). Segundo apurou a reportagem do Vermelho, os militantes souberam que após a prisão, ele pagou fiança e foi liberado.

Segundo o relato de manifestantes, o suspeito seria dirigente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, tem 68 anos, e teria furado bloqueio e atirado contra os trabalhadores rurais que se manifestavam. A polícia não quis divulgar a identidade do criminoso, mas é possível ver a placa do automóvel (QWK7G96) no vídeo abaixo. Pelo menos uma pessoa ficou ferida. O ato aconteceu na Avenida da Paz, em Maceió, na tarde do dia 1o. de fevereiro.

Conforme consta no relatório do Centro Integrado de Operações da Segurança Pública (Ciosp), após a confusão, o suspeito seguiu para um edifício na Jatiúca, onde deixou o carro envolvido na confusão, uma Ranger, estacionado na garagem, e, seguiu, posteriormente, para outro lugar. A movimentação dele foi registrada pela câmera de monitoramento do prédio.

Num comportamento que sugere premeditação, o médico seguiu em um novo carro, um Jeep Renegade. Após tomarem conhecimento da placa, militares realizaram rondas na localidade, encontrando o suspeito em um hotel, na Avenida João Davino, em Mangabeiras.

Com ele, a polícia encontrou a arma de fogo e munições.

Em meio à situação, ele foi conduzido para a Central de Flagrantes I, no Farol, mas teria sido liberado sob fiança. Organizadores do protesto criticam o silenciamento sobre o assunto pela imprensa e autoridades locais, acusando-os de proteger o suspeito.

Os trabalhadores rurais fecharam a via em protesto para cobrar a divisão de terras da massa falida do Grupo João Lyra, entre outras reivindicações. Participaram do protesto trabalhadores de cinco movimentos agrários. A manifestação começou após a comissão dos movimentos participar de uma reunião no Tribunal de Justiça. Segundo eles, não houve avanço no diálogo e eles decidiram fazer o protesto. Eles querem uma reunião com o Governo do Estado.

No vídeo abaixo, o narrador acredita ser um policial:

Com informações da GazetaWeb