CPI aprova convocação de Ana Cristina Bolsonaro, ex-mulher do presidente

Com a posse da quebra de sigilo do depoente, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) disse que Marconny entrou em contato duas vezes com a ex de Bolsonaro para demandar sobre um caso de corrupção e nomeação para um cargo

Senador Otto Alencar adverte depoente sobre a possibilidade de prisão (Foto: Roque de Sá / Agência Senado)

Os senadores da CPI da Covid aprovaram a convocação para depor de Ana Cristina Bolsonaro, ex-mulher do presidente e mãe de Jair Renan, o filho mais novo dele.  Ao depor nesta quarta-feira (15) no colegiado, o advogado Marconny Faria usou a prerrogativa de ficar calado quando questionado sobre os pedidos que fez a ela para nomear cargos no governo Bolsonaro.

Com a posse da quebra de sigilo do depoente, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) disse que Marconny entrou em contato duas vezes com a ex de Bolsonaro para demandar sobre um caso de corrupção e nomeação para um cargo. O parlamentar, então, pediu a convocação de Ana Cristina.

“Mensagens eletrônicas extraídas de aparelho celular em posse desta Comissão Parlamentar de Inquérito indicam que, a pedido do lobista Marconny Faria, a senhora Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do atual presidente da República, entrou em contato com o Palácio do Planalto para exercer influência no processo de escolha do Defensor Público-Geral Federal junto ao então ministro da Secretaria Geral da Presidência e atual ministro do TCU, Jorge Oliveira”, diz trecho do requerimento de convocação de Ana Cristina, apresentado pelo senador Alessandro.

Diante do silêncio do advogado, Randolfe colocou em votação o pedido que foi aprovado. Apenas o bolsonarista Marcos Rogério (DEM-RO) votou contra.

O senador Otto Alencar (PSD-BA) diz que passou da hora de ele “merecer uma pulseira”, ou seja, os senadores ainda analisam a possibilidade de prisão do depoente.

Autor