Lobista Marconny Faria não comparece à CPI e pode até ser preso
O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que a polícia legislativa já está à procura dele para que seja efetuada a condução por vara, quando a testemunha não comparece à comissão para depor
Publicado 02/09/2021 10:39 | Editado 02/09/2021 12:27
Mesmo com habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para permanecer em silêncio nas perguntas que possam incriminá-lo, o advogado Marconny Faria não compareceu para depor na CPI da Covid nesta quinta-feira (2). Ele é considerado o lobista da Precisa Medicamentos que assinou contrato fraudulento com o Ministério da Saúde para a venda da vacina Covaxin.
O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que a polícia legislativa já está à procura dele para que seja efetuada a condução sob vara, quando a testemunha não comparece à comissão para depor.
Caso ele não seja localizado, a CPI pode requisitar sua prisão preventiva. Além do mecanismo já em andamento, a CPI também solicitou ao STF a condução coercitiva do advogado.
Randolfe Rodrigues diz que Marconny não é só lobista da Precisa Medicamentos, mas o “Senhor Lobista” com relações próximas a pessoas ligadas a Bolsonaro. “Esse é o senhor de todos o lobista, tem relação com o filho do presidente (Jair Renan) e advogada dele (Karina Kufa). Estamos entrando em mais uma fase, a fase da investigação dos lobbys”, disse o relator.
O lobista, por exemplo, teria ajudado Jair Renan a abrir sua empresa de eventos.
O advogado chegou a apresentar um atestado médico para não comparecer à CPI. No entanto, o vice-presidente do colegiado explicou que o médico que dera o atestado a ele entrou em contato para dizer que pretendia cancelar o documento porque desconfiara da atitude de Marconny, imaginando que poderia ter havido “simulação” da parte dele.