Fepal lança campanha: “Sionismo é racismo, Israel é apartheid”

A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), lançou, nesta segunda-feira (8), a campanha contra o “Apartheid Israelense” que denuncia “a ideologia supremacista (que) age para restringir os direitos de pelo menos 7 milhões de palestinos que vivem entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo”.

A Fepal informa que publicará, em uma série de postagens, explicações sobre como Israel “utiliza todo o seu aparato estatal para avançar com seu plano de ‘judaização’ da região, roubando terras e impedindo a população palestina de exercer qualquer tipo de atividade emancipatória, da aquisição de bens à organização política e social”.

Para os que consideram “exagero” falar em apartheid em Israel, a Fepal argumenta que “um regime que usa leis, práticas e violência organizada para consolidar a supremacia de um grupo – judeus e basicamente estrangeiros recém-chegados – sobre outro – palestinos, a totalidade da população originária – é um regime de apartheid. A diferença é que na África do Sul a divisão era baseada na raça e na cor da pele, enquanto Israel segrega com base numa ‘etnia’ assentada numa religião, o judaísmo”.

Outra razão para campanha, segundo a Fepal, é “o crescimento do lobby sionista no Brasil. Para além da aproximação do atual governo com Israel, há um movimento que pretende criminalizar – aqui no país – as críticas ao regime israelense, classificando-as como antissemitismo. Pretendemos mostrar também como este termo muitas vezes é utilizado como chantagem por aqueles que são coniventes com os crimes de Israel”.

Questão Humanitária

A campanha que foi iniciada nesta segunda-feira tem, como um dos principais objetivos, levar ao conhecimento público os diversos crimes cometidos por Israel e que são tornados invisíveis, “seja pela construção de uma narrativa tendenciosa da mídia, seja pela falta de mobilização por um tema que nos parece tão distante”.

A Federação solicita que todos os que apoiam a causa palestina coloquem em seu perfil nas redes sociais os materiais da campanha e ajudem a compartilhar os artigos que estão disponibilizados no site da Fepal, bem como na página da organização no Facebook. “Acreditamos que o Brasil, como nação soberana e uma das maiores democracias do mundo, e por meio de suas instituições e sociedade civil, deve contribuir para o fim do insustentável regime de apartheid israelense. Esta já não é apenas uma questão política ou religiosa, é uma questão humanitária. Pelo fim do #apartheidisraelense”, finaliza a entidade.