Natal e Ano Novo sem festas é a “aposta mais segura”, segundo OMS
Organização Mundial da Saúde recomenda a suspensão de festas de natal e ano novo que promovam aglomerações
Publicado 24/11/2020 19:44 | Editado 24/11/2020 20:16
O encontro tradicional de final de ano para comemorar o natal e o ano novo é mais uma data que irá conviver com a pandemia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na segunda-feira (23) que a “aposta mais segura” para algumas famílias é não se reunir. Naturalmente, as aglomerações no natal e nas festas de ano novo podem elevar o número de casos e, por conta dos deslocamentos, espalhar o vírus.
A segunda onda é uma realidade na Europa e dá sinais que pode ocorrer no Brasil, que chegou a mais de 6 milhões de casos desde fevereiro. O anúncio sobre as datas comemorativas ocorreu no mesmo dia em que a OMS saudou os esforços da Universidade de Oxford e do laboratório AstraZeneca “para tornar a vacina acessível e fácil de armazenar”.
Em uma reunião virtual em Genebra, na Suíça, a epidemiologista estadunidense da OMS, Maria Van Kerkhove, disse que “em algumas situações, a difícil decisão de não ter uma reunião familiar é a aposta mais segura”.
Mais cedo, a cientista-chefe da organização, Soumya Swaminathan, afirmou que os resultados da vacina para covid-19 da Universidade de Oxford e do laboratório britânico AstraZeneca são “encorajadores e esperamos ver os dados, como fazemos com outros resultados promissores das últimas semanas”.
Vacinas
A AstraZeneca informou nesta segunda-feira que sua vacina para covid-19 pode ter cerca de 90% eficácia. O ponto positivo é o custo de transporte e armazenamento, sendo mais barata de produzir, mais fácil de distribuir e mais rápida de expandir do que suas rivais.
Durante a semana passada, as farmacêuticas divulgaram novos dados referentes às vacinas que estão desenvolvendo. Na quarta-feira (18), a farmacêutica Pfizer e o laboratório BioNTech anunciaram o fim da fase três de testes e a eficácia de noventa e cinco por cento da vacina no combate ao vírus.
Dois dias antes, na segunda feira (16), a farmacêutica Moderna anunciou com base em um estudo preliminar da fase três que a vacina em desenvolvimento possui eficácia próxima a noventa e cinco por cento.
A Coronovac, produzida pela empresa chinesa Sinovac e em testes no brasil, foi considerada segura e induz resposta imune de acordo com estudo publicado também na segunda-feira.
A vacina produzida na Rússia, a Sputnik V, tem eficácia de noventa e dois por cento segundo informações divulgadas pelo país, mas que ainda não foram revisados.
Com informações de Estadão