67% dos paulistanos desaprovam Bolsonaro por rejeitar vacina contra Covid-19

O presidente desautorizou o ministro da Saúde, que anunciou a compra de 46 milhões de doses da vacina

Foto: Reprodução

A posição de Bolsonaro contra a compra da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo, é reprovada por 67% dos eleitores paulistanos, segundo pesquisa do Ibope, divulgada neste sábado (31).

Entre o consultados, 54% dos eleitores da cidade de SP dizem discordar totalmente e 13% discordam em parte da posição de Jair Bolsonaro contra a vacina, mesmo que ela seja aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão responsável pela aprovação ou não de qualquer vacina que seja usada no Brasil.

A pergunta “O presidente Jair Bolsonaro anunciou que não pretende comprar a vacina contra o coronavírus desenvolvida na China mesmo que ela seja aprovada pelas autoridades competentes da área da Saúde. O(A) sr(a) concorda ou discorda do posicionamento do presidente da República?” foi feita a 1.204 votantes entre os dia 28 a 30 de outubro.

Veja as respostas:


Discorda da posição do presidente: 67% (54% totalmente; 13% em parte);

Concorda com a posição do presidente: 27% (19% totalmente; 8% em parte);

Não concorda, nem discorda: 2%;

Não sabe ou não respondeu: 3%.

A soma dos percentuais não corresponde a 100% porque os dados são arredondados, para mais ou para menos, pelo Ibope, antes da divulgação da pesquisa.

A compra de cerca de 46 milhões de doses da vacina chegou a ser anunciada pelo ministro da Saúde, em reunião com 24 governadores, mas foi suspensa após o presidente desautorizar publicamente o seu ministro. Até o momento, o estado de SP assinou contrato com a Sinovac para a produção de 46 milhões de doses ainda em 2020.

A CoronaVac está em fase final de testes no Brasil e se mostrou segura. A vacina também deu mostras de que desenvolve forte imunidade contra o novo coronavírus.

Na sexta-feira (30) outra polêmica veio a público. Agora foi a vez do vice-presidente, Hamilton Mourão, anunciar que “é lógico que o governo vai comprar a vacina chinesa”.

Logo após a declaração do vice, Bolsonaro afirmou que não delega decisão para ninguém.

Fonte: Hora do Povo

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