Ibope: confira como está a disputa eleitoral nas capitais do Sudeste

O Ibope levantou as pequenas variações depois do horário eleitoral na TV e aquecimento da campanha na rua e nas redes. Tendências iniciais se mantém.

Bruno Kelli/Amazonia Real

Pesquisa Ibope divulgada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta quinta-feira (15) aponta os seguintes percentuais de intenção de voto em capitais do Sudeste, em levantamento feito entre 13 e 15 de outubro, depois do início do horário eleitoral na TV:

SÃO PAULO

Em São Paulo, a disputa entre os líderes está acirrada, com o candidato Celso Russomanno (Republicanos) caindo de 26% para 25%, com seu eleitorado majoritariamente evangélico e de baixa renda; enquanto o prefeito Bruno Covas (PSDB) subiu de 21% para 22%, principalmente entre os eleitores mais jovens.

Pela esquerda, Guilherme Boulos subiu mais dois pontos para 10%, com eleitorado mais maduro e bem remunerado e crescendo entre aqueles que não são nem católicos ou evangélicos; assim como Jilmar Tatto (PT), que subiu 3 pontos depois do horário eleitoral;

O candidato Arthur do Val – Mamãe Falei (Patriota) também oscilou na margem de erro para 2%, assim como Filipe Sabará (Novo) que subiu para 1%;

Entre os que mantiveram sua pontuação inicial no Ibope, estão Márcio França (PSB) com os 7%, Joice Hasselmann (PSL), Andrea Matarazzo (PSD) e Levy Fidelix (PRTB) com 1%. Pelo campo progressista, mantiveram a intenção de voto Marina Helou (Rede) e Orlando Silva (PCdoB) com 1%.

Entre os candidatos com menor pontuação que perderam intenção de voto, segundo o Ibope, estão Antônio Carlos (PCO) que caiu de 1% para 0 e Vera Lúcia (PSTU) que caiu de 2% para 1%.

  • Nenhum/branco/nulo: caiu de 20% para 17%
  • Não sabe/Não respondeu: Os indecisos foram de 8% para 7%.

As maiores rejeições do eleitorado estão contraCelso Russomanno (30%), Joice Hasselmann (24%), Bruno Covas (23%) e Levy Fidelix (21%). Boulos tem 18%, Jilmar Tatto tem 16%, Márcio França 14%, Arthur do Val e Orlando Silva com 13%. Os demais têm menos de 12% do eleitorado que não votaria de jeito nenhum em suas candidaturas.

Sem ter os nomes dos candidatos apresentados, a intenção de votos espontânea lembra primeiro de Covas com 13% e Russomanno com 10%. Boulos vem em seguida com 9%. França é lembrado por 3% e Tatto por 2%. Os demais ficam com 1% ou menos das lembranças.

Nas simulações de segundo turno, Covas tem leve vantagem na margem de erro para Russomano.

RIO DE JANEIRO

Na capital fluminense, o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) subiu 3 pontos para 30%, agregando, principalmente, os eleitores insatisfeitos com o atual prefeito, crescendo entre os mais pobres. O prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), por sua vez, manteve seus 12% entre eleitores evangélicos, perdendo eleitores mais pobres. Assim como ele, Martha Rocha(PDT) e Benedita da Silva(PT) mantiveram sua pontuação, com 8% e 7%, respectivamente.

Entre os candidatos com as menores pontuações, Bandeira de Mello (Rede) subiu um ponto para 3%, assim como Renata Souza (PSOL). Além deles, Luiz Lima (PSL) também cresceu dois pontos, para 3%, enquanto Cyro Garcia (PSTU) caiu um ponto para 2%, assim como Clarissa Garotinho (Pros), para 1%.

Fred Luz (Novo) e Paulo Messina (MDB) conquistaram seu 1%, saindo da lanterna. Entre os que não foram citados está Glória Heloiza (PSC), Henrique Simonard (PCO) e Suêd Haidar (PMB) que perdeu suas menções de 1%.

Em relação ao levantamento anterior do Ibope, divulgado em 2 de outubro os indecisos foram de 7% para 5%, e os brancos ou nulos foram de 28% para 23%.

A pesquisa também perguntou em quem os eleitores não votariam de jeito nenhum, e a rejeição é alta para Crivella (57%) e Clarissa Garotinho (40%). Eduardo Paes e Benedita da Silva estão com cerca de 30% de rejeição. Os candidatos com chances de agregar mais votos são Cyro Garcia (16%) e Luiz Lima (10%), com os demais candidatos com menos de 10% de rejeição.

Na resposta espontânea, Eduardo Paes é o mais lembrado com 22% das intenções de voto. Crivella tem apenas 9% das lembranças, mesmo sendo o atual prefeito. A partir de Benedita da Silva, as menções espontâneas ficam abaixo de 3%. Os que quase não foram mencionados foram Clarissa Garotinho, Cyro Garcia, Fred Luz, Henrique Simonard, Glória Heloiza, Paulo Messina e Suêd Haidar.

Se o segundo turno da eleição para prefeito fosse hoje e a disputa ficasse apenas entre Paes e Crivella, 50% prefeririam o ex-prefeito contra 21% que votariam em Crivella.

BELO HORIZONTE

Até o momento, o levantamento do Ibope aponta reeleição em primeiro turno de Kalil (PSD), com 59% das intenções de voto para a capital mineira. Sua intenção de voto se concentra entre os menos escolarizados e aumentou um ponto desde o primeiro levantamento há duas semanas, principalmente entre os mais velhos.

Houve crescimento de três pontos para João Vitor Xavier (Cidadania) para 7%. Quem manteve seus percentuais foram Áurea Carolina (Psol) com 3%, Lafayette Andrada (Republicanos), Marília Domingues (PCO), Professor Wendel Mesquita (Solidariedade) e Cabo Xavier (PMB), todos com 1%.

Os candidatos que perderam intenção de voto foram Bruno Engler (PRTB) de 3% para 2%; Nilmário Miranda (PT) de 2% para 1%; Rodrigo Paiva (Novo) de 2% para 1% e Luisa Barreto (PSDB) de 1% para 0%. Os demais oscilaram com menos de 1% das intenções de voto.

A rejeição maior entre os mineiros ficou contra o candidato do PT, Nilmário Miranda (17%) e o próprio prefeito Kalil (15%). O Cabo Xavier e João Vitor Xavier tiveram 14% e 12%, respectivamente. Os demais ficaram com menos de 105 de rejeição.

Os mais mencionados na pesquisa espontânea foram o prefeito com 49%, João Vitor com 3% e Áurea com 2%. Os demais têm 1% ou menos.

A pesquisa foi encomendada pela TV Globo.

Sobre a pesquisa

  • Margem de erro: 3 pontos percentuais para mais ou para menos
  • Quem foi ouvido: 1.001 eleitores da cidade de Belo Horizonte
  • Quando a pesquisa foi feita: entre os dias 13 e 15 de outubro
  • O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro.

Um comentario para "Ibope: confira como está a disputa eleitoral nas capitais do Sudeste"

  1. Darcy Brasil disse:

    Triste ver o estrago que se fez em BHTE, uma cidade que esteve francamente aberta às políticas inauguradas pela prefeitura de Patrus Ananias, fundadas no orçamento participativo,com intervenções concretas na realidade das periferias pobres, com ampla participação dos partidos e movimentos sociais. Continuasse BHTE a ser governada tal como procurou fazê-lo o prefeito Patrus Ananias e, mais tarde, seu sucessor, Célio de Castro, valorizando práticas de democracia participativa destinadas a mobilizar e organizar os homens do povo na defesa de um projeto democrático e popular de cidade e, principalmente,de sociedade, BHTE teria sobrevivido à hecatombe que estraçalhou a representatividade do Partido dos Trabalhadores. E mais: tivessem os governos petistas inaugurados por Lula se inspirado nos sentimentos que orientaram as decisões do Prefeito Patrus Ananias, dificilmente teriam sido golpeados com tanta facilidade pela campanha de desqualificação do PT que se concluiu com o golpe contra Dilma. Lula parece que jamais compreendeu o pensamento diferenciado de seu auxiliar mineiro. Fico pensando igualmente como teria sido difícil para a direita desfechar um golpe contra Patrus Ananias, fosse o petista mineiro, e não Dilma, o escolhido na sucessão de Lula. A decantada clarividência política de Lula não passa de mito. Certamente desconhecia quem, entre todos os seus ministros, possuía melhores condições políticas para sucedê-lo em 2010. Esse nome – naquela época e, infelizmente, não mais hoje – era Patrus Ananias, comandante das políticas sociais do governo Lula, e representante de uma experiência extremamente exitosa na prefeitura de BHTE, que sinalizava o caminho político correto para enfrentar a resistência que as elites sempre oferecerão a qualquer projeto democrático e popular. Certamente, embora aparentam ser amigos, as concepções políticas de Patrus são sensivelmente diferentes das de Lula. Pena que os petistas jamais se darão conta disso.

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