Parlamentares repudiam ministro da Educação por declaração homofóbica

“Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo (sic) tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe”, disse o ministro

O ministro da Educação, Milton Ribeiro - Foto: Jornalistas Livres

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, causou polêmica com declarações descabidas, o que lhe deixou em maus lençóis, coisa corriqueira feita pelo seu antecessor Abraham Weintraub. Ele cometeu crime de homofobia ao dizer que a homossexualidade acontece em “famílias desajustadas”. Além do repúdio, parlamentares vão interpelá-lo criminalmente.

“Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo (sic) tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe”, disse o ministro.

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) chamou o ministro de retógrado: “O ministro da Educação relacionou a orientação sexual das pessoas a ‘desajustes’ familiares. Ora, desajustado é o ministro, que está vivendo no Século 21 com a mentalidade da Idade Média. É OBRIGAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS RESPEITAR A DIVERSIDADE!”, protestou o deputado no Twitter.

“Ministro da Educação Milton Ribeiro, sua homofobia é criminosa. Família desajustada é do seu chefe, que é investigada por corrupção e está envolvida até o pescoço com o esgoto da política”, respondeu o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ).

O deputado David Miranda (PSOL-RJ) lembrou que homossexualidade não é castigo nem crime. “É uma forma de amar e se relacionar como qualquer outra! É requisito nesse governo de ‘desajustados’ ser um criminoso homofóbico!”, disse o deputado.

Senadores

O senador Fabiano Contarato (Rede-EP) acionou o STF (Supremo Tribunal Federal). “Estou entrando com representação no STF para que a Corte determine ao procurador-geral da República investigue o ministro da Educação por crime de homofobia. Entendimento do STF já equiparou a homofobia ao crime de racismo”, afirmou.

“Um ministro da Educação homofóbico, que violenta criminosamente os princípios de respeito e a igualdade entre as pessoas consagrados na Constituição. Meu repúdio absoluto a esse ataque preconceituoso, medieval e sórdido, que exige reação imediata das instituições democráticas!”, disse o senador.

O líder da oposição na Casa, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que é deplorável membros do governo Bolsonaro continuarem fomentando violência e ódio. “O MEC há muito está perdido, nas mãos de ministros que ao invés de trabalhar, gastam tempo falando besteira. Uma das nossas principais pastas! Todo nosso repúdio!”, criticou.

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