Centrais sindicais convocam Dia Nacional de Luta para 7 de agosto
Entidades saem novamente “em defesa da vida e dos empregos”
Publicado 28/07/2020 22:24 | Editado 29/07/2020 01:34
Contra os desmandos do governo Jair Bolsonaro, as centrais sindicais brasileiras convocaram, para 7 de agosto, um Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida e dos Empregos. Nota assinada por presidentes das entidades e divulgada nesta terça-feira (28) repudia a volta às aulas anunciada por governadores e prefeitos.
O texto também lança propostas – “nossa pauta emergencial de apoio aos setores mais vulneráveis na crise” –, além de cobrar equipamentos de proteção individual e coletivo para os trabalhadores das categorias essenciais. Confira a íntegra da nota:
NOTA DAS CENTRAIS SINDICAIS
Em reunião por videoconferência, realizada nesta segunda-feira (27), as Centrais Sindicais reafirmaram a avaliação de que o governo Bolsonaro contrariou os especialistas em saúde pública, os organismos e protocolos internacionais, negou a pandemia e adotou medidas equivocadas e desastrosas, que desorganizaram as ações de enfrentamento à pandemia, colocando o Brasil, tragicamente, na iminência de atingir 100 mil óbitos ainda em agosto.
Além de ter contribuído para a perda de milhares de vidas, o descaso e descontrole com os quais o governo tratou a pandemia lançaram o Brasil na maior crise econômica e social de toda a sua história, com a extinção em massa de empregos e de empresas.
Em defesa a vida e dos empregos, as Centrais Sindicais decidiram:
1- Definir 07 de Agosto como Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida e dos Empregos (programação será informada até sexta-feira)
2- Repudiar a iniciativa de prefeitos e governadores que já planejam e até fixaram data para retorno presencial dos alunos às aulas. Atitude que os iguala ao genocida Bolsonaro.
3- Exigir das autoridades os equipamentos de proteção individual e coletivo para os trabalhadores das categorias essenciais, em especial os da área de saúde.
4- Reafirmar nossa pauta emergencial de apoio aos setores mais vulneráveis na crise:
a) manutenção do auxílio emergencial de R$ 600,00, no mínimo, até 31 de dezembro de 2020;
b) ampliação das parcelas do seguro desemprego;
c) liberação de crédito para as micro e pequenas empresas;
d) fortalecimento do SUS (Sistema Único de Saúde);
e) derrubada pelo Congresso Nacional dos vetos do presidente da República que impedem a garantia dos direitos conquistados pelos trabalhadores(as) e seus sindicatos, por meio da ultratividade, dos acordos e convenções coletivas de trabalho.
São Paulo, 28 de julho de 2020
Sérgio Nobre
Presidente da CUT – Central Única dos TrabalhadoresMiguel Torres
Presidente da Força SindicalRicardo Patah
Presidente da UGT – União Geral dos TrabalhadoresAdilson Araújo
Presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do BrasilJosé Calixto Ramos
Presidente da NCST – Nova Central Sindical de TrabalhadoresAlvaro Egea
Secretário Geral da CSB – Central dos Sindicatos BrasileirosUbiraci Dantas Oliveira
Presidente da CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do BrasilJoaninha de Oliveira
Secretaria Executiva Nacional da CSP – ConlutasNilza Pereira de Almeida
Secretaria de Finanças – Intersindical – Central da Classe TrabalhadoraEmanuel Melato
Coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe TrabalhadoraJosé Gozze
Presidente – Pública Central do Servidor
Temos que fazer mais isso com todos os movimentos mostrar que o povo se importa com o país e que eles são os donos.