Deputado vê novo indício de relação de família Bolsonaro com milícia
No inquérito do MP que levou o ex-assessor de Flávio Bolsonaro à cadeia, o senador e primogênito do presidente é tido como chefe da organização criminosa
Publicado 24/06/2020 17:30 | Editado 24/06/2020 20:38
O deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA) voltou a chamar a atenção para a teia de relações que envolvem o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Nesta quarta-feira (24), uma investigação do Ministério Público do Rio (MP-RJ) revelou que a ligação de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ), com ex-colegas de farda envolvidos em crimes não se limitava à amizade com Adriano da Nóbrega.
“Existe uma relação entre Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, Adriano da Nóbrega, Carlos Bolsonaro e Ronnie Lessa. Personagens envolvidos com milícias, proteção de milícias, desvio de recursos, assassinatos. Olha que coisa fizeram com o Brasil. Mas tal como a pandemia, isso passa. Passa sim”, disse o parlamentar, a partir das suas redes sociais.
Trama
Em um novo capítulo na trama policialesca envolvendo o círculo de amizades do presidente, o MP-RJ apontou que o policial militar reformado Heyder Maduro Cardozo, que já cumpriu pena por homicídio, pediu ajuda a Queiroz no caso da morte do pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido desde 14 de julho de 2013 na favela da Rocinha, na zona sul do Rio. Queiroz foi preso na última quinta (18), em Atibaia (SP).
No inquérito do MP que levou o ex-assessor de Flávio Bolsonaro para a cadeia, o senador e primogênito do presidente Jair Bolsonaro é tido como chefe da organização criminosa da qual fazia parte o miliciano do Escritório do Crime, Adriano da Nóbrega, executado em fevereiro, na Bahia.