Manifestações pró-democracia se espalham pelo país

Manifestantes ocupam as ruas do país neste domingo (7), em atos a favor da democracia e contra o governo Jair Bolsonaro.

Entre outras pautas, estão também a defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e a indignação com a morte de pessoas negras. Em Brasília, a concentração começou às 9h em frente à Biblioteca Nacional, a poucos quilômetros do Palácio do Planalto.

Em menor número, os defensores do presidente também fazem ato na Esplanada. Os dois grupos estão separados pela Polícia Militar. Um largo canteiro central também os dividem. O acesso à Praça dos Três Poderes está fechado. Os organizadores dos dois movimentos pedem que os manifestantes não entrem em brigas.

Do lado da democracia, além de cartazes criticando Bolsonaro, os manifestantes gritam pela sua saída da Presidência da República. Uma faixa defende: “Todos pela democracia”. Há também músicas como “ai, ai, ai, empurra o Bozo que ele cai”. Um grupo de enfermeiros carrega cruzes em homenagem aos colegas que morreram no combate à covid-19. Eles também pedem mais investimento no SUS.

A exemplo dos protestos no Rio de Janeiro e em São Paulo, torcidas organizadas de futebol de times participam do ato. Em São Paulo, a Avenida Paulista amanheceu repleta de policiais, mas sem manifestantes. Na semana passada, o endereço – um dos símbolos da capital paulista – foi palco de confronto entre grupos fascistas e antifascistas.

Por conta de uma decisão da Justiça, os grupos contrários ao governo Jair Bolsonaro decidiram fazer sua manifestação no início da tarde deste domingo, em outro endereço da capital, deixando a Avenida Paulista para os apoiadores do presidente. O ato pró-Bolsonaro estava previsto para ter início às 11h. Uma grande quantidade de policiais e viaturas estão mobilizados por precaução.

No entorno do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na mesma avenida, policiais revistavam pedestres. As estações de metrô permaneceram abertas, e a ciclovia tinha movimento intenso. De uma ponta à outra da avenida, policiais montados a cavalo patrulhavam as ruas.

No Rio de Janeiro, a Praia de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, também reúne grupos contra e a favor da democracia. Os manifestantes pró-democracia se concentram no posto 4 da orla com faixas pedindo justiça pela morte da deputada Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Já os de extrema direita, se concentram no posto 5. Até o fim da manhã não houve registro de conflitos. A Polícia Militar está nos dois pontos de protesto.