Luciana Santos questiona demissão de Mandetta em meio à pandemia

A presidenta nacional do PCdoB e vice-governadora de PCdoB, Luciana Santos, criticou a demissão de Luiz Henrique Mandetta do cargo de ministro da Saúde.

Luciana Santos: "O deputado Eduardo Bolsonaro precisa ser chamado à responsabilidade e a Câmara dos Deputados pautar sua saída da presidência da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional" / Foto: Álvaro Portugal-PCdoB na Câmara

A exoneração já era esperada visto que nas últimas semanas o presidente Jair Bolsonaro vinha demonstrando crescente insatisfação com as decisões e o protagonismo de Mandetta diante da pandemia do novo coronavírus.

Luciana destacou que apesar de não ter “alinhamento político ou ideológico com Mandetta”, ele, “ao menos respeitava a ciência, as indicações da OMS e as lições das experiências no mundo todo”.

Para a dirigente do PCdoB, “demitir o ministro da Saúde, em meio à terrível crise sanitária causada pelo coronavírus é mais um dos grandes absurdos cometidos pelo presidente Bolsonaro. É um ataque à luta contra a pandemia, que já matou mais de 1.900 pessoas no país”.

Ela também opinou que “não é hora para instabilidade, nem de dar espaço aos que negam a ciência”, mas para “racionalidade e lucidez”.

“[Mandetta] Foi demitido por discordar de uma questão central da política sanitária para enfrentamento à Covid-19, o isolamento social, que o presidente Bolsonaro desrespeita e debocha”, escreveu Luciana, em uma rede social.

A política de isolamento social tem sido implementada especialmente pelos governadores e por alguns prefeitos que seguem a orientação da Organização Mundial da Saúde e do próprio Ministério da Saúde.

O argumento do governo contrário ao isolamento diz respeito à  suposta manutenção da atividade econômica. Luciana Santos vem denunciando que a necessidade de escolha entre a vida das pessoas e o desenvolvimento da economia posta pelo governo é um falso dilema.

Na opinião da presidenta do PCdoB deve-se trabalhar para que, com intervenção do Estado, seja possível diminuir a quantidade de contaminados e mortos propiciada pelo isolamento social, ao mesmo tempo em que se garanta emprego, renda e crédito, especialmente para pequenas e médias empresas, entre outras medidas.

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