Brumadinho, 1 ano: “A impunidade não vai permanecer”, diz Gilson Reis
Rompimento da barragem da Vale na Mina Córrego do Feijão deixou 272 mortos, mas a empresa segue impune
Publicado 24/01/2020 16:59 | Editado 24/01/2020 19:45
O crime da Vale em Brumadinho (MG) completa um ano neste sábado (25/1). Devido ao rompimento da barragem da empresa na Mina Córrego do Feijão, 272 pessoas morreram. “Foi um dia terrível e inesquecível que até hoje deixa sequelas”, afirma Gilson Reis (PCdoB), vereador de Belo Horizonte.
Entre 2018 e 2019, Gilson – que também é biólogo – presidiu a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Mineração. Embora não tratasse do desastre de Brumadinho – mas, sim, da mineração predatória na Mina Corumi, na Serra do Curral, em Belo Horizonte –, a CPI deixou claro como as grandes empresas, em nome do lucrativo comércio da extração do minério, cometem arbitrariedades e esquemas escusos.
Em 32 reuniões, a comissão ouviu mais de 30 pessoas, entre ambientalistas, professores, moradores, ONGs, órgãos municipais, estaduais e federais e representantes da Empabra. O relatório final foi apresentado em 19 de fevereiro passado e denunciou os impactos da mineração.
Na visão de Gilson Reis, é hora de ampliar o debate sobre o papel estratégico do Estado nesse setor. “A reestatização da Vale precisa estar na pauta política do Brasil. O País precisa sair de uma condição colonial e retomar seu desenvolvimento. Enquanto a Vale esteve nas mãos do Estado brasileiro, não ocorreu nenhuma explosão de barragem de rejeitos.”
Neste sábado, Gilson participa do ato em memória às vítimas rompimento da barragem na Mina Córrego do Feijão. O protesto, no centro de Brumadinho, vai exigir as devidas punições à Vale. “Não vamos esquecer. Não vamos deixar que a impunidade permaneça”, afirma Gilson.
Divulgue bastante numa linguagem sensível todos os brasileiros principalmente quem moram onde grande usinas de risco como em Rondônia e Amazonas e outros estados recentes tem outros em projetos para ser executado.