Mercado segue rumo à extrema-direita e aplaude general de Bolsonaro
Falando para uma plateia de mais de 100 banqueiros, altos executivos e milionários na tarde desta quinta-feira (23) na sede do BTG Pactual, o general Hamilton Mourão, companheiro de chapa de Jair Bolsonaro, conquistou a plateia e arrancou aplausos ao apresentar um discurso ultraliberal. O "mercado" já perdeu o constrangimento em apoiar abertamente os representantes da extrema-direita nas eleições.
Publicado 24/08/2018 15:03
"Ele [Bolsonaro] é hoje o cara a ser derrubado, pois ele é o líder nas pesquisas. Tenho certeza que vamos pro 2º turno, isso se não ganharmos no 1º turno. Posso estar muito otimista, mas eu tenho essa expectativa. Agora, que o debate está muito rasteiro, ele está: estamos aqui falando de economia e temas importantes, mas lá na TV só querem saber se o Bolsonaro é homofóbico, machista, essas coisas", disse Mourão, num evento fechado à imprensa e que foi registrado pelo portal InfoMoney, um porta-voz não oficial do mercado financeiro.
Os presentes ficaram extasiados quando ele mostrou, num dos slides de sua apresentação, os seis tópicos que ele chamou de "fundamentos econômicos": Disciplina Fiscal e priorização dos gastos; Reforma Tributária e liberalização financeira; Regime Cambial e liberalização comercial; Investimentos estrangeiros; Privatização; Desregulação; e Propriedade intelectual.
Segundo o repórter Thiago Salomão, ao ser questionado sobre a privatização da Petrobras disse que o assunto deve que ser visto com carinho o que deve ser feito pois a empresa "lutou demais pra achar petróleo no pré-sal e agora entregar tudo"; contudo, se chegarem à conclusão de que o melhor é privatizá-la, Bolsonaro vai fazer isso e pronto.