Ciro defende suspensão da venda da Embraer à Boeing
Durante sabatina na Abimaq (Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e Equipamentos), em São Paulo, nesta terça-feira (17), o pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT), defendeu a suspensão da entrega da Embraer à Boeing, como fez o governo Michel Temer.
Publicado 18/07/2018 11:04
"Esse acordo feito no estertor de um governo e na iminência de 84 dias de uma eleição presidencial é clandestino e absolutamente ameaçador da segurança nacional brasileira. Portanto, ele não deveria ser consumado, e, se for, tem que ser desfeito", disse Ciro.
Temer liberou a venda da Embraer, maior empresa nacional de tecnologia, à Boeing, apesar de ser acionista com poder de impedir a negociata por ser detentor da ação Golden Share (com poder de veto). com isso, 80% do controle da empresa passou para a norte-americana Boeing.
A transação representou um crime de lesa-pátria, pois as divisões de defesa, segurança e jatos executivos, dentre outras, “não serão segregadas para nova sociedade”, ou seja, setores estratégicos relacionados à soberania do país ficarão nas mãos da norte-americana.
Ciro defendeu a dissolução do acordo em que a Boeing e disse que enviou cartas aos presidentes das duas empresas orientado-os a não consumar a fusão até que o próximo presidente tome posse.
Segundo ele, a defesa é uma das áreas estratégicas para o desenvolvimento do país. “A Embraer, por conta do governo, desenvolveu uma joia tecnológica, que é um avião chamado KC-390. Esse avião está na fase final de homologação dos testes. Ele já tem uma fila de encomenda que sinaliza um mercado de US$ 20 bilhões”, destacou.
Antes, Ciro já havia defendido a suspensão do leilão do pré-sal realizado pelo governo Temer. Ele ainda defende a criação de um teto a do teto de gastos a criação de um teto para o pagamento da dívida pela União.