Observadores internacionais chegam ao México para acompanhar eleições
Dezenas de observadores internacionais já estão no México para acompanhar o processo eleitoral do próximo domingo (1). Nessa sexta-feira (29), eles foram enviados a vários estados mexicanos. Depois de duas eleições com fortes denúncias de corrupção, em 2006 e 2012, o objetivo dessa vez é garantir um processo transparente e livre de fraude eleitoral.
Por Fania Rodrigues
Publicado 30/06/2018 10:38

O jornalista francês, Christophe Ventura, é um dos observadores internacionais que está no México. “As eleições do dia 1 de julho são determinantes para o futuro desse país. O que está em jogo é se o México pode superar o estigma de ‘democracia incompleta’, afetada por problemas estruturais como corrupção, impunidade, violência, e passar a um estado de democracia real, autêntica. Vejo existe no país a esperança de que ele pode dar um paço a frente em direção à democracia”, afirma o jornalista do jornal Le Monde Diplomatique.
O parlamentar brasileiro, Ciro Simoni, deputado estadual do Rio Grande do Sul pelo PDT, também integra a equipe de observadores. Ele conta que um grupo de autoridades de vários países mantiveram reuniões com autoridades eleitorais, representantes de partidos políticos, candidatos e entidades mexicanas. “Queremos saber quais são as queixas, preocupações, dúvidas, onde eles vêm dificuldade e onde pode ocorrer problemas nessa eleição, até mesmo que a gente saber o que vamos observar”, explica o deputado, que também presidente da União Nacional dos Legisladores Estaduais.
Ciro Simoni diz ainda que a presença de autoridades durante às eleições também servem com uma garantia durante o processo, para prevenir fraude eleitoral. “Queremos causar esse impacto, de que existem observadores internacionais para que se evite, previna fraudes. Obviamente que não vai prevenir a todas, mas obviamente que essa é a preocupação. Além disso, estamos preparando-nos para fazer um relatório. Cada um de nós [parlamentares] vai fazer um relatório que será enviado a Organização das Nações Unidas relatando nossa impressão sobre o processo”, ressalta. Além dos brasileiros, estão presentes no México parlamentares argentinos, colombianos e canadenses.
Apesar das sucessivas denúncias de fraudes eleitorais em processos anteriores, a população continua acreditando que o voto pode mudar o destino do país. A média de participação eleitoral no México é de 63%, uma das mais altas entre os países onde o voto não é obrigatório. Esse percentual está acimas dos Estado Unidos, Chile e Colômbia que atualmente é de aproximadamente 50% dos eleitores.