Solenidade comemora 65 anos do Sindjorce e celebra homenageados
O Sindicato dos Jornalistas do Estado do Ceará (Sindjorce) foi homenageado em sessão solene, na noite da última quarta-feira (20), em razão dos 65 anos de fundação da entidade. A solenidade aconteceu no Plenário 13 de Maio da Assembleia Legislativa e atendeu a requerimento das deputadas Augusta Brito (PCdoB) e Rachel Marques (PT).
Publicado 21/06/2018 09:50 | Editado 04/03/2020 16:22
A deputada Augusta Brito comentou sobre a retirada de direitos de sindicatos e a importância de debater sobre esse tema. A parlamentar também ressaltou a presença feminina na presidência do Sindjorce, parabenizando a atual presidente, Samira de Castro, além das duas outras jornalistas que já presidiram o sindicato, Ivonete Maia e Débora Lima.
“Gostaria de destacar aqui a gestão da Samira, sempre atuante e forte, e a criação recente das comissões de jornalistas jovens, LGBTs, mulheres e pela igualdade racial. Parabéns pela iniciativa. Precisamos mesmo de incentivo para uma profissão de jornalista plural baseada em direitos humanos”, enfatizou.
Já a presidente do Sindjorce, Samira de Castro, reafirmou o trabalho de resistência do sindicato aos ataques patronais e na defesa intransigente do emprego, das condições de trabalho, da regulamentação profissional e da qualidade de vida da categoria.
“Encaramos, sim, senhores, graves problemas, ainda, em várias redações: acúmulo e desvio de funções, jornadas irregulares, não pagamento de horas extras, exploração da mão de obra estagiária. Tudo isso somado ao aumento insuportável do assédio moral e da violência contra jornalistas de todos os segmentos”, enumerou.
Samira também destacou que é momento de fortalecer o Sindjorce, aumentando o número de sindicalizados, interiorizando as ações e articulando o diálogo com as universidades.
Para o diretor de Educação e Aperfeiçoamento Profissional da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Rafael Mesquita, o Sindjorce é um dos sindicatos mais atuantes, destacando a organização de grupos que não são vistos no jornalismo tradicional. “Não chega a 20% a participação de negros dentro do mercado de trabalho de jornalistas. Isso é claramente um obstáculo à representatividade desse grupo que é 52% da população”, exemplificou.
Rafael Mesquita criticou ainda o atual modelo de negócios das empresas de comunicação tradicionais, que investem em “mármore, vidro e novas estruturas” ao mesmo tempo em que “demitem 10 ou 20 jornalistas em uma única oportunidade”.
Entre os homenageados, estão a presidente do Sindjorce, Samira de Castro; o fundador do Sindjorce, Paulo Bonavides; a presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Maria José Braga; o procurador regional do Trabalho, Francisco Gerson Marques de Lima; a jornalista Mariana de Oliveira Cunha; o advogado Carlos Chagas; o presidente da Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT/CE), Will Pereira; e o coordenador do Escritório Regional do Dieese no Ceará, Reginaldo Aguiar.
Estiveram presentes na solenidade, ainda, o presidente do PCdoB de Fortaleza, Francinet Cunha, e a representante da Frente Brasil Popular, Germana Amaral.