Debate marca aniversário da Guerrilha do Araguaia no Ceará

O Auditório da Reitoria da Universidade Federal do Ceará-UFC será palco de uma importante homenagem aos 34 anos da Guerrilha do Araguaia. O evento acontecerá nesta quarta-feira, dia 12, a partir das 19 horas, por iniciativa do Comitê Distrital do PC

Acontecerá nesta quarta, 12 de abril, às 19 horas, no Auditório da Reitoria da Universidade Federal do Ceará uma exposição sobre a guerrilha do Araguaia com a jornalista Mônica Mourão, autora do livro Memórias Clandestinas, e Carlos Augusto Diógenes, Patinhas, presidente estadual do PCdoB.

O evento marca a data de aniversário da guerrilha. No dia 12 de abril de 1972, há exatos 34 anos, o regime militar, mobilizando Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia Federal e Polícia Militar, deu início à primeira campanha contra os guerrilheiros do PCdoB, organizados em três regiões  do Araguaia (Faveira, no médio Tocantins, município de São João do Araguaia e Marabá,  Gameleira, 60 ou 70 quilômetros acima de São Geraldo do Pará e Caianos, 60 ou 70 quilômetros abaixo de São Geraldo, no município de Conceição do Araguaia) . Resistiram bravamente de abril de 1972 até meados de 1974.

Sete foram os cearenses que participaram da guerrilha, desses quatro são considerados desaparecidos: Bergson Gurjão de Farias,  estudante de Química na Universidade Federal do Ceará e vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes em 1967; Antônio Teodoro de Castro, estudante do curso de Farmácia na UFC e diretor da Casa do Estudante Universitário, desaparecido na Guerrilha do Araguaia desde 1973; Jana Moroni Barroso, nascida em Fortaleza , estudante de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro , desaparecida desde 1974; e Custódio Saraiva Neto, participante ativo do movimento estudantil secundarista, desaparecido desde 1974.

Para Andréa Oliveira, presidente do Comitê Distrital da UFC, o objetivo do debate é homenagear e manter viva a memória dos bravos guerrilheiros e guerrilheiras, celebrar tantos outros heróis brasileiros que durante a ditadura militar tombaram lutando em defesa de nosso país e reafirmar sua disposição inabalável pela conquista de um Brasil democrático e soberano.

Na ocasião estará à venda a quarta edição da revista Guerrilha do Araguaia – uma epopéia pela liberdade, assim como o livro Memórias Clandestinas: a imprensa e os cearenses desaparecidos na Guerrilha do Araguaia da jornalista Mônica Mourão.