Greve de professores continua em São Paulo
Sai José Serra, entra Gilberto Kassab — mas as perspectivas parecem não mudar para os professores da rede municipal em São Paulo. Na assembléia realizada hoje, em frente à Secretaria de Gestão, mais de 7.000 profissionais decidiram continuar a greve inici
Publicado 04/04/2006 21:45 | Editado 04/03/2020 17:19
De acordo com o SINPEEM (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo), até agora a Prefeitura não apresentou contraproposta à pauta de reivindicações. A próxima assembléia está marcada para as 14 horas da próxima sexta-feira, dia 7, no vão livre do Masp.
Ao que tudo indica, a troca de Serra por Kassab na prefeitura paulistana não altera a situação de desmonte da educação em São Paulo. O novo prefeito, do PFL, se assemelha ao antecessor tucano no descaso com que trata a categoria.
Professores da rede municipal não têm reajuste real do salário há mais de dez anos. A principal reivindicação é o aumento, para R$ 960, do piso salarial de profissionais em início de carreira. Para uma jornada de 20 horas por semanas, professores em início de carreira recebem R$ 509. Já novos funcionários ganham ao menos R$ 457 por 40 horas semanais.
O SINPEEM entregou a pauta da Campanha Salarial no começo de março, mas vem sendo ignorado, desde então, pela prefeitura. A dupla Serra-Kassab foi alvo de quatro manifestações, nos dias 17, 28 e 31 de março, além da assembléia de hoje. A categoria também luta por convocação de docentes aprovados em concurso, redução do número de alunos por sala e mudanças no programa “São Paulo é uma Escola”, entre outras reivindicações.
O comando de greve agendou as seguintes atividades para os próximos dias:
05/04
Reunião do Conselho Geral do SINPEEM ampliado, com representantes de escolas e associados em greve, para organizar visitas às unidades com os seguintes objetivos:
– manter as escolas que estão com 100% de paralisação;
– ampliar o percentual daquelas que estão parcialmente paradas;
– convencer os profissionais de educação das unidades que não aderiram a participar do movimento.
06/04
Realização de atos regionais nas Coordenadorias de Educação;
07/04
Ato às 14 horas, na no vão livre do Masp (avenida Paulista), com a participação de pais e alunos da rede, seguido de assembléia geral da categoria.