Livro de Otávio Brandão relançado também em Alagoas
Após o relançamento nacional do livro “Agrarismo e Industrialismo” do escritor Otávio Brandão, na 19ª Bienal do Livro em São Paulo, dia 17 último, a Secretaria de Cultura do Estado e a Academia Alagoana de Letras conferiram uma homenagem ao autor e lançar
Publicado 27/03/2006 16:35 | Editado 04/03/2020 16:11
Compuseram a mesa, além do secretário de Cultura, Eduardo Bomfim, e de Ib Gatto Falcão, presidente da Academia Alagoana de Letras, Marivone Loureiro, presidente estadual do PCdoB, Anilda Leão, escritora e amiga de Otávio Brandão, Geraldo Magela, historiador da Universidade Federal de Alagoas, Nadir Barbosa, presidente do Conselho de Cultura de Alagoas, José Renivaldo Santos, superintendente dos Correios em Alagoas, e Emanuel Fae, da Associação dos Magistrados.
Ib Gatto destacou a importância de Otávio Brandão em pensar a alagoanidade, e ressaltou que a Academia é uma casa aberta a todas as idéias, comprometida com a cultura, em defesa sempre da liberdade.
Marivone Loureiro lembrou a comemoração de 84 anos do Partido Comunista do Brasil, a mesma idade que viveu Otávio, que se filiou ao partido pouco após sua fundação.
Bomfim discorreu sobre a trajetória literária e política de Otávio Brandão, comentando sua importância na ecologia e no entendimento do povo brasileiro. Referindo-se ao seu primeiro livro, "Canais e Lagoas", lembrou Tolstoi, que dizia, é preciso conhecer sua aldeia para conhecer o mundo. Fez menção à base de sua pesquisa e vida literária, que é a obra de Marx, Engels, Lênin. Elogiou também a convicção e paixão por seus ideais e terminou por lembrar que, embora hoje possamos achar lógicas e comuns as análises que compõem seus livros, foram formuladas antes que houvesse qualquer discussão sobre tais problemas, atestando seu vanguardismo e, não obstante, sua contemporaneidade.
O Secretário de Cultura escreveu um dos prefácios desta segunda edição, renovada com anotações posteriores à edição original, publicada clandestinamente em 1926, feitas pelo próprio Otávio Brandão.
De Maceió, Sumaia Nunes
Foto Maíra Villela