Temer faz novo apelo para Silvio para defender reforma da Previdência
Michel Temer fechou acordo com o dono do SBT, Silvio Santos, para fazer campanha em defesa da Reforma da Previdência. De acordo com a coluna Painel, da Folha, Temer vai gravar participações nos programas do próprio Silvio Santos e do Ratinho para tentar convencer que a população a apoiar a sua proposta da reforma da Previdência.
Publicado 08/01/2018 12:56
O encontro realizado neste domingo (7), na casa do dono do SBT, em São Paulo, contou com a participação do ministro Moreira Franco e do deputado Fábio Faria (PSD-RN), genro do apresentador.
O dono do baú já usou a emissora para fazer terror em defesa da reforma da Previdência. Um dia após jantar com Temer, passou a exibir propagandas terroristas de produção própria em defesa da reforma da Previdência nos intervalos de sua programação.
"Você sabe que se não for feita a Reforma Trabalhista, você pode deixar de receber o seu salário?" e "Você sabe que o Brasil quebra, se não aprovar a nova lei da Previdência?", indagava a propaganda que foi alvo de ação do Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal (MPT-DF) que constatou que a emissora estava exibindo vídeos com informações duvidosas sobre o tema.
No início de dezembro do ano passado, a propaganda foi retirada do ar após a assinatura de Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta (TAC).
Agora, Silvio decidiu maquiar a propaganda e dar uma cara de entrevista. Sílvio teria dito a Temer "não entender” o que será votado. “Quero que você vá lá e me explique. Se eu entender, o povo entende”, teria dito ele, apesar de ter veiculado propaganda defendendo a reforma anteriormente.
O esforço do governo é para tentar ganhar a opinião pública e conseguir os 308 votos para aprovar a reforma. Os parlamentares tem resistido a proposta diante da rejeição popular sobre o tema num ano de eleição.
Dirigentes de partidos da base aliada dizem que, apesar do esforço do Planalto, será difícil aprovar a reforma em fevereiro, conforme planejado. De acordo com as contas otimista da base aliada, o governo precisa de 30 votos que não tem de onde tirar.