Venezuelanos enfrentam semana intensa
Os venezuelanos começam hoje uma intensa semana que os deve levar às urnas no próximo dia 10 de dezembro para eleger os 335 prefeitos do país. Estarão atentos a novos relatórios da promotoria geral da República sobre a luta contra a corrupção
Publicado 05/12/2017 17:11
Dentre os acontecimentos, se destaca o anúncio realizado pelo presidente Nicolás Maduro sobre a criação da criptomoeda, que estará sustentada pelas reservas de petróleo, de ouro, gás e diamantes.
A medida é parte da ofensiva governamental para combater a agressão econômica com um mecanismo que permitirá realizar transações financeiras, contrarrestar o bloqueio financeiro e ter acesso a novas formas de financiamento internacional para o desenvolvimento econômico e social do país, explicou o mandatário.
Reiterou que com a criptomoeda o país poderá "avançar para um sistema financeiro que seja sólido para sustentar nosso desenvolvimento".
Junto às eleições municipais, já se antecipam preparativos para as eleições presidenciais de 2018 e inclusive se propõe que estas podem ser adiantadas para o mês de abril, dado o enfraquecimento dentro dos setores opositores, onde várias figuras, entre elas Henry Ramos Allup e o ex-governador Henry Falcón, são potenciais candidatos ao assento presidencial.
Depois de tantas conjecturas, finalmente nos últimos dias foi formalizado o que estava previsto: Nicolás Maduro se candidata à reeleição como Presidente da República.
Também se antecipam novos anúncios da luta contra a corrupção. A partir da segunda-feira (4), todos os contratos de obras, bens e serviços das 262 empresas da Petróleos de Venezuela (PDVSA), bem como o desempenho dos 100 cargos gerenciais da estatal, passarão a uma exhaustiva fase de validação e revisão por parte do Executivo.
Este processo tem como objetivo erradicar desvios, assegurar os contratos e a preservação do patrimônio público, segundo indicou ontem o ministro de Petróleo, Manuel Quevedo.
Além disso, ocuparão a atenção dos venezuelanos os resultados alcançados pelas partes no diálogo entre governo e oposição em Santo Domingo, onde ao parecer foi possível conseguir avanços significativos que poderiam ser concretizados com a assinatura de um acordo no próximo dia 15 de dezembro, quando ambas delegações se encontrarem cara a cara.