Massacre nos EUA reacende debate sobre porte de armas de fogo
O acesso às armas de fogo nos Estados Unidos sempre é questionado quando ocorre uma tragédia, como a da madrugada deste domingo (2). No Brasil a Lei do Desarmamento (10.826/03) restringe a concessão de porte apenas aos profissionais que usam armas em suas atividades – policiais, integrantes das forças armadas e guardas prisionais. Em conversa com o Brasil de Fato, Guaracy Mingardi, que é analista criminal, faz um paralelo com a realidade brasileira.
Juliana Gonçalves, do Brasil de Fato
Publicado 03/10/2017 10:24
Mingardi alerta que casos como o de mortes em massa por armas de fogo, tão comuns nos Estados Unidos, são mais difíceis de ocorrer aqui porque há mais dificuldade para que elas sejam obtidas: "É muito fácil adquirir arma lá. Você consegue adquirir, muitas vezes, sem nem aparecer, podendo encomendar pelo correio". Ele ressalta ainda que "quando o número de armas circulando e armas entre criminosos diminui, o número de homicídios também diminui".
"Precisamos tomar cuidados para manter a legislação como está, a pressão, o lobby que está havendo com a indústria armamentista em conversa com muitos deputados. Temos que impedir que esse lobby tenha sucesso porque, se depender deles, todo mundo vai andar armado e o número de mortos vai aumentar muito. Qualquer briga de bar ou de trânsito vai ter um morto", diz o especialista.