"Denúncia de Janot é reedição do famigerado powerpoint", afirma Zanin

Cristiano Zanin, advogado de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) é a reedição do desmoralizado powerpoint apresentado pelos procuradores de Curitiba, que diziam ter convicções, mas não ter provas.

Cristiano Zanin Martins - Paulo Pinto / AGPT

"A denúncia apresenta hoje pela PGR contra Lula, com acusação de "organização criminosa", é a reedição do famigerado powerpoint de 19 de setembro de 2016", afirmou Zanin. “As mesmas delações ou projetos de delações que se revelaram uma farsa servem para embasar a nova denúncia. Até mesmo a delação de Delcidio do Amaral, que foi considerada como "grotesca" em relação a Lula pelo MPF/DF, serve de base para a denúncia”, enfatizou o advogado em sua página nas redes sociais.

Segundo Zanin, a denúncia comete a violência jurídica de acusar Lula da prática de um crime no cargo de Presidente da República que somente passou a existir em setembro de 2013.

“A nova denúncia é, em suma, mais um escândalo jurídico a agredir o Estado de Direito e a evidenciar o "lawfare" contra o ex-Presidente Lula”, enfatiza o advogado se referindo à teoria e utiliza indevidamente os recursos jurídicos para fins de perseguição política.

A defesa apontou ainda que a denúncia apresentada por Janot desconsiderou que Marcelo Odebrecht prestou depoimento na última segunda-feira (4) em que disse que é mentirosa a associação de 8 contratos da Petrobras com relação ao suposto imóvel para o Instituto Lula. Disse também que o MPF desconsiderou que em 18 de junho, o juiz Sérgio Moro reconheceu que Lula não recebeu valores de contratos da Petrobras.

“A delação da JBS, símbolo atual do uso indevido do instrumento, também serve de base para a nova denúncia, reforçando o caráter abusivo do ato”, frisou ele.