Diante dos retrocessos de Doria, o cúmulo: corte dos passes estudantis
Neste ano de grande dificuldade para o Brasil e para a juventude, nada poderia piorar, certo? Errado.
Publicado 19/07/2017 13:16
Durante anos estudantes se mobilizaram e lutaram até conquistar este direito, que muda a vida da juventude, dando acesso além de apenas a escola, mas sim também a outras práticas. Pode passar despercebido, mas é com o passe livre que o jovem que mora nos bairros mais afastados nas cidades ao redor de São Paulo podem ir ao cinema, ao parque, andar de skate e aprender muito mais do que apenas dentro de uma sala de aula em uma cadeira.
Com uma visão entreguista e covarde, João Dória, com a justificativa de economizar dinheiro – com gastos de R$ 100 milhões em publicidade) informou que irá limitar o uso do passe livre estudantil para apenas o horário de ida e volta do período de aulas, ou seja: vai dificultar a mobilidade dos jovens na cidade.
Indignadas com a reforma e corte do passe livre, entidades estudantis e grupos autônomos realizaram ato no centro de São Paulo para demonstrar sua indignação com esse absurdo. Ferrenhas na luta, as jovens pessoas sustentaram a marcha em uma temperatura de 7ºC na rua 9 de julho, a caminho da prefeitura.
Durante a bela unidade entre estudantes autônomos e organizados, o descontrole e o despreparo da Polícia Militar paulistana feriu uma mulher em situação de rua que passava pelo local no momento do ato. Com sangramento na cabeça, a moça caminhou alguns metros até perder a consciência. Estudantes que viram a cena brutal de agressão feita por um policial homem, socorreram a ferida, prestando atendimento e contatando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, que levou 40 minutos para comparecer no local.
O ato permaneceu até a prefeitura, onde estudantes fizeram uma belíssima agitação e se dispersaram sem confrontos com a PM. Houve um grande catracaço na estação de metrô da Sé, encerrando essa demonstração de indignação de secundaristas de luta do Brasil.