Roberto Freire mantém fidelidade a Temer e apoio às reformas
Na contramão da vontade popular e das centrais de trabalhadores do país, o deputado federal Roberto Freire manteve o alinhamento com o empresariado e o sistema financeiro e afirmou nesta sexta-feira (19) que o PPS continua apoiando o governo e as reformas da Previdência Social e Trabalhista. Pesquisa Datafolha divulgada em 1º de maio mostrou que 71% dos entrevistados em todo o país rejeitam a reforma da Previdência e 64% afirma que a reforma trabalhista beneficiará mais os empresários.
Publicado 20/05/2017 11:47

Agora ex-ministro, Freire declarou com todas as letras que não teve alternativa sobre a saída do ministério da Cultura. O parlamentar fez questão, no entanto, de dizer que o PPS não se afastou e nem rompeu com o governo. Temer foi flagrado em gravação aprovando o pagamento de propina para o deputado cassado Eduardo Cunha não delatar na Lava Jato.
Freire também desautorizou o presidente em exercício Davi Zaia, que declarou na quinta-feira que o PPS havia rompido com o governo Temer. No retorno à presidência, o ex-ministro e aliado de Temer afirmou nesta sexta-feira (19): “É bom que o PPS compreenda que eu, por divergência na condução do processo, inclusive em função da crise desses últimos dias, por conta do processo de delação que atingiu a figura do presidente da República, não tive alternativa. O afastamento [do Ministério da Cultura] se impunha.”
Freire completou: “Não nos afastamos, nem rompemos com o governo”, afirmou. “O partido admitiu a presença e continuidade do ministro da Defesa em função de ser uma área sensível. Dito isso, fica esclarecida toda a nossa posição: continuamos sendo o partido das reformas, apoiando a da Previdência, a trabalhista e todas aquelas propostas pelo governo de transição para preparar o Brasil para 2018.”