Enfrentamos a ditadura, enfrentaremos Macri, diz Mãe da Praça de Maio
Uma das fundadoras do movimento das Mães da Praça de Maio, na Argentina, Nora Cortiñas, afirmou que o povo argentino já derrotou uma ditadura militar e não vai recuar diante dos retrocesso do governo de Maurício Macri.
Publicado 28/03/2017 10:31
“Macri quer apagar e distorcer a história. Sempre foi destruição no lugar de construção. Se enfrentamos uma ditadura cívico-militar, vamos enfrentar este governo que está retrocedendo”, afirmou Nora em entrevista à uma rádio local nesta segunda-feira (27).
Uma das tentativas de Macri de distorcer a história está diretamente ligada à luta das Mães. Ele nega que a ditadura militar tenha deixado mais de 30 mil mortos e desaparecidos, no entanto, os movimentos sociais e ativistas dos direitos humanos desenvolveram diversos estudos, ao longo de décadas, para chegar a este número.
Além disso, uma das principais características do governo de Macri é a perseguição e repressão política. A maioria das manifestações de trabalhadores e movimentos sociais tem sido repreendidas com violência policial desmedida.
Uma das primeiras ações do atual governo foi prender a líder social indígena e parlamentar do Parlasul, Milagro Sala. Durante a entrevista, Nora denunciou a ação arbitrária de Macri e exigiu a imediata libertação da ativista.
“Todos os dias [o governo] recebe uma denúncia, uma queixa um protesto devido a coisas que estão fazendo mal ao povo”, afirmou a mãe da Praça de Maio.
Junto às Avós da Praça de Maio, as Mães foram fundamentais na luta que derrubou a ditadura militar no país.