Líder das Farc diz que plebiscito não tem efeito jurídico
Depois que o Acordo de Paz entre o governo e as Farc não foi referendado no plebiscito realizado no último domingo (2), o comandante em chefe da guerrilha, Timoleón Jiménez, explicou que a consulta tem apenas efeito político, mas não jurídico.
Publicado 06/10/2016 15:17
Segundo o líder da guerrilha, o documento foi assinado como um acordo especial e depositado perante o Conselho da Confederação Suíça, em Berna, que o concede inegável e irrevocável efeito jurídico, sendo assim, o resultado do plebiscito tem apenas efeito politico.
“As Farc permanecerão fiéis ao acordado, a paz chegou para ficar. Os sentimentos bélicos de quem quer sabotar [a paz], jamais serão mais poderosos que os sentimentos de inclusão e justiça social”, concluiu.
Neste mesmo comunicado, Timoleón não deixa claro se as guerrilha voltará para a mesa de negociação porque “a consulta plebiscitária não tem efeito jurídico algum, o efeito é político”.
Timoleón garante também que a guerrilha vai respeitar o cessar-fogo bilateral conforme está no Acordo. “As Farc reafirmamos perante a Colômbia e o mundo que suas frentes guerrilheiras em todo o país permanecerão de acordo com o cessar-fogo definitivo e bilateral como uma necessária medida de alívio às vítimas do conflito e em respeito ao acordado com o governo nacional”, disse.